Esta imagem já não é possível captar, pela simples razão de que a imponente árvore que competia em altura com a esguia e bonita torre da igreja matriz de S. Tiago de Lobão, já foi abaixo, há algum tempo, não porque morresse de pé, como todas as árvores, mas porque certamente foi decidido pelo seu abate.
Estas decisões não são fáceis para quem as toma, porque há e haverá sempre quem veja o copo meio cheio ou meio vazio. Em todas as decisões há prós e contras e encontrar equilíbrios ou decidir pelas vantagens é a parte difícil.
Neste caso, obviamente não tenho opinião, desde logo porque não sou lobonense, e por conseguinte escuso-me a opinar se foi uma boa ou má decisão, ou se inevitável. Certamente que tomaram a decisão que entenderam como justificada. Certo é que se por um lado se ganhou em desafogo no edifício e maior projecção, por outro lado também se perdeu o exemplar imponente de uma bela árvore.
Nem sei como decorreu o processo e se foi ou não pacífico entre a população. A questão aqui, de publicar esta imagem e este texto, é mesmo só documental e ponto de partida ou chegada para uma eventual reflexão quanto ao peso e importância de certas decisões, na certeza de que, sejam quais forem, nunca serão do agrado de todos.
Neste caso, como noutros, importa saber sempre se os ganhos equilibram ou justificam as perdas, como quem diz se os meios justificam os fins. Como numa boa discussão, as respostas podem ter várias direcções e porventura todas com legítimas razões.
Ainda quanto às árvores, têm este problema e tantas vezes quando as plantamos, sobretudo perto de construções, esquecemos que crescem e dependendo das espécies podem vir a tornar-se belas e imponentes mas simultaneamente inconvenientes. Terá sido este o caso.