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8 de abril de 2018

Meninos, é hora do recreio


Muitos recordarão esta cena e este local. Muitos outros, os mais novos, seguramente não. Mas trata-se, julgo, de um fotografia  dos anos 50, da Escola do Viso, junto ao recreio do lado nascente. Pelo aspecto da brincadeira, seria em tempo de magusto pois vê-se a pequenada, alguns de pés descalços, à roda da fogueira. Curiosamente apenas se veem rapazes, o que não é de admirar pois por esses tempos, os rapazes tinham uma sala (lado nascente) e as raparigas outra sala (lado poente) e não havia misturas, pelo que o mais provável é que do outro lado do recreio também as meninas estivessem a ter o seu magusto. 
Obviamente que hoje o local está muito mudado. Se o edifício principal ainda existe, embora incorporado no Centro Social, e já, infelizmente, sem a função de escola, toda aquela zona do recreio alpendrado, com as características colunas em "tijolo burro", foi demolida e agora só apenas em algumas escassas fotografias e sobretudo no álbum de memórias  na cabeça de muitos e muitos guisandenses que por ali passaram e aprenderam as primeiras (e últimas) letras. Afinal de contas, a cavalgada do tempo.

Adenda 1: Já depois desta publicação e partilha no Facebook, ali alguém perguntou se a professora aqui de costas, seria a D. Célia Azevedo. Sem ter certezas, até porque esta fotografia em princípio será dos anos 50, mas sem confirmação se da primeira ou segunda metade, respondi que tenho indicações que não será a Prof.ª Célia Azevedo, já que esta terá começado ali a leccionar apenas pelo início dos anos 60.
Assim, e estando de costas, o que não ajuda a identificação, poderá ser a Prof. Noémia, que ali deu aulas nos primeiros tempos, ou ainda a Prof.ª Georgina, que por ali também leccionou nos anos 50. Mas, dependendo da real data da fotografia, não está posta de parte a possibilidade de ser a Prof.ª Célia, logo no início da sua actividade. É uma interessante dúvida e que certamente havemos de resolver. Ainda por esses tempos também ali leccionou a Prof.ª Balbina, a qual em Guisande conheceu e veio a casar com o Custódio da Casa do Santiago.
É claro que durante todo o tempo em que funcionou como tal a escola primária do Viso, foram muitas as professores e professores que ali passaram. Pela parte que me toca, mesmo tendo nascido quase à sombra da escola, apenas ali leccionei a primeira classe, seguindo depois para a então recente escola primária da Igreja onde completei o ensino primário. Nessa minha primeira classe tive como professora a D. Lúcia, de Gião, ainda minha parente. Esta professora leccionou ainda durante vários anos em Guisande.

Adenda 2 - Lançada a curiosidade sobre a eventual identificação da professora que na foto acima aparece de costas e, mais do que isso, sobre o interesse histórico e documental, conversei pessoalmente com a Prof.ª D. Célia Azevedo, a qual, sem prejuízo de uma futura conversa com mais calma e mesmo biográfica, deu algumas interessantes informações. Desde logo que acabada a sua formação iniciou a sua carreira de professora precisamente na Escola Primária do Viso. Começou no dia 1 de Outubro de 1960 e por ali andou até 1970, altura em que passou para a então novinha Escola Primária da Igreja, onde leccionou mais 23 anos, por isso com uma carreira de ensino de 33 anos.
Nesse começo na Escola do Viso, dava aulas aos rapazes na parte da tarde enquanto que as raparigas tinham como mestra a professra Noémia, natural de S. Roque - Oliveira de Azeméis (que viverá actualmente em Milheirós de Poiares).
Por sua vez, na parte da manhã eram professoras A D. Brilhantina Porto, de Louredo e Maria Balbina, a tal que veio a conhecer e a casar com o Custódio da Casa do Santiago, das Quintães.
A professora Georgina, natural do Porto, muito falada entre os mais velhos, foi de facto a primeira a leccionar na Escola do Viso, logo após a sua construção, por isso aproximadamente de 1950 até quase 1960.
É certo que, como já dissemos, pela Escola do Viso foram passando muitas professoras ao longo dos anos, mas a D. Célia do seu tempo no Viso recorda-se também de professoras como a D. Fernanda,  de S. João de Ver, a Alcinda, essa sim, filha do professor Cabral, de Duas Igrejas - Romariz e ainda de uma colega a quem a rapaziada, pela forma muito disciplinadora, com muitos castigos à mistura, chamavam de "Preta". Na altura da nossa conversa não tinha a memória fresca quanto ao seu nome, mas com uma ideia de que se chamaria Fernanda, vinda de Grijó - Vila Nova de Gaia.
Aos poucos procuraremos aprofundar mais esta questão, mas penso que algumas peças do puzzle estarão já encaixadas.

6 de abril de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Domingos Lopes Bastos, de 38 anos, do lugar da Leira - Guisande. Residia em Pigeiros - Santa Maria da Feira. As cerimónias fúnebres terão lugar amanhã, sábado, dia 7 de Abril de 2018, na igreja matriz de Guisande, pelas 15:30 horas, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.
Missa de 7º Dia na Quinta-feira, 12 de Abril, pelas 18:30 horas na igreja matriz de Guisande.
Sentidos sentimentos aos familiares. Paz à sua alma!

5 de abril de 2018

Janela de oportunidade

Por vezes certas coisas só se conseguem num momento próprio, muito específico, no que modernamente caiu em voga dizer-se como "janela de oportunidade" ou "timing certo". Ora nesta fotografia, a tal janela de oportunidade surgiu em 2013, após um incêndio que varreu o terreno  sobranceiro ao lugar da Igreja, pondo o mesmo a descoberto e permitindo este olhar, esta perspectiva sobre a igreja matriz e envolvente. 
Hoje, passados cinco anos, já não será possível repetir (talvez com um drone), pois entretanto os eucaliptos cresceram em bom ritmo e já voltaram a povoar densamente o terreno, o que de algum modo nos diz que tudo quanto ardeu no país de forma dramática com os incêndios do ano passado, dentro de poucos anos voltará a estar renovado, essencialmente quanto a eucaliptos. Claro que há espécies que se perderam de forma irreparável e outras que só daqui a pelo menos duas décadas poderão ter portes com alguma imponência. A natureza tem este dom de renovar-se e transformar-se mesmo que nem sempre volte a ser como dantes.

3 de abril de 2018

Cumpriu-se a tradição


Cumpriu-se a tradição pascal na nossa freguesia de Guisande. Depois de uma Semana Santa marcada pelas habituais cerimónias religiosas, no Domingo, abençoado com sol, o Compasso saiu à rua, com três equipas, uma delas liderada pelo Juiz da Cruz, o Sr. Arménio Silva, do lugar da Gândara, que foi acompanhado pelo pároco Pe. Arnaldo Farinha.
Ontem, Segunda-Feira, teve lugar o tradicional Almoço do Juiz da Cruz, que pelo quinto ano consecutivo decorreu no Restaurante Pomar, na freguesia de Gião. Participaram cerca de 90 convivas, incluindo o Pe. Farinha e o Sr. Juiz da Cruz. Tudo decorreu dentro da normalidade. 
Parabéns a todos quantos contribuíram para a dinâmica desta tradição que, apesar de os tempos serem marcados por outras distracções, ainda continua a merecer a dedicação e interesse da generalidade da nossa comunidade. Para além de tudo, continua a ser um forte elo de ligação e convívio familiar e comunitário.
Ficamos já espera do próximo ano, em que será Juiz da Cruz o Sr. Orlando Santos, do lugar de Fornos.

Nota de Falecimento


Faleceu Belmira Toscano de Oliveira e Silva (53 anos). Estava emigrada em França, esposa de  Humberto da Silva Ferreira Neves, de Gândara - Guisande.
Velório na Capela Mortuária de Guisande na Quarta-Feira, dia 04 de Abril de 2018, com chegada do corpo às 10:30 Horas. As cerimónias fúnebres terão lugar na  Igreja Matriz de Guisande, na Quarta-Feira, dia 04 de Abril de 2018, pelas 17:00 Horas, indo no final a sepultar no cemitério local.
Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma!

29 de março de 2018

À moda de Guisande



Prontas, a entrar no forno. Quando de lá saírem e devidamente abrilhantadas, serão, porventura, as melhores regueifas doces artesanais do nosso concelho, porque à moda de Guisande, com antigos sabores, segredos e tradições.

Santa semana


24 de março de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Joaquim António dos Santos - 24/04/1937 a 23/03/2018 - 80 anos - Fornos Guisande.
Cerimónias fúnebres na Capela Mortuária e na igreja matriz de Guisande pelas 16:00 horas de Domingo, 25 de Março de 2018, indo no final a sepultar no cemitério local.
Sentidos sentimentos a todos os seus familiares. Paz à sua alma!

22 de março de 2018

Não assobia, mas é sobreiro, é centenário e é nosso


Pela imprensa destes dias ficamos a saber que " o sobreiro 'assobiador' de Águas de Moura, em Palmela, com 234 anos venceu o concurso da Árvore Europeia do Ano, com 26.606 votos, foi anunciado esta quarta-feira no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.".
Ainda bem que ganhou e certamente de forma merecida pois é de facto uma árvore imponente. A vitória tem muito simbolismo depois de um ano em que a floresta portuguesa foi massacrada. Não sabemos se esta dramática realidade teve algum efeito para uma certa comiseração europeia por parte do júri ou de quem votou, mas, pensando que não, é um orgulho nacional, tanto mais que o sobreiro é uma árvore muito característica do nosso clima e que para além disso em muito contribui para a riqueza nacional sobretudo pela indústria corticeira.

O sobreiro "assobiador" de Palmela é na realidade uma soberba árvore, mas nós na freguesia de Guisande, no Monte do Viso, também temos um exemplar igualmente frondoso, que no que a imponência diz respeito e até mesmo à sua idade, não deve ficar muito atrás do colega "assobiador".  Não será por si só "assobiador", mas tem igualmente pássaros que lhe dão vida. Se dizem que o de Palmela tem 30 metros de copa, ainda há dias a passo largo medi quase isso no nosso sobreiro no Monte do Viso e quanto à altura de 17 metros, será próxima. De resto basta comparar a espessura do tronco. E ainda dizer que o tronco que se vê actualmente no nosso sobreiro, corresponderá apenas a 1/3, já que da sua base original ao longo dos tempos foi sendo aterrado.

O meu tio Neca, na autoridade dos seus 94 anos, diz que tinha 10 anos e já via o sobreiro do Monte do Viso com o mesmo tamanho. Não custa nada a acreditar que por isso e pelo testemunho da sua imponência tenham pelo menos 200 anos. A idade exacta, só com testes por entendidos e mesmo assim seria sempre uma estimativa.
Apesar de tudo, o nosso sobreiro poderia estar de melhor saúde não fossem alguns atentados que ao longo dos tempos tem sofrido, como o aterro de 2/3 do seu tronco e uma fogueira feita por alguma criançada travessa que queimou parte da sua actual base e que o debilitou. 

Ainda há alguns anos, contactei uma entidade estatal no sentido de se iniciar o processo de classificação como de interesse nacional, mas, infelizmente nunca obtive qualquer recado ou resposta.
Apesar disso, apesar deste nosso sobreiro que a todos os guisandenses deve orgulhar, porque testemunha centenária de muitas vivências e convivências, ainda por cima localizado num sítio de excelência, custa acreditar que ainda há pouco anos um membro de  uma Junta de Freguesia tenha colocado a hipótese de o abater, "para evitar o lixo" das folhas no arraial. Se não fosse um caso grave, até seria de rir, mas chega a ser chocante a insensibilidade de algumas pessoas com responsabilidades para quem uma árvore ou uma pedra não passam disso mesmo, ainda que impregnadas de história e de memórias colectivas.

Pela parte que me toca, tenho muito orgulho no nosso sobreiro do Monte do Viso e simbolicamente chamo-lhe o "homem mais velho da freguesia". Seja estimado e protegido, e que a natureza não lhe seja demasiado dura, com ventos e secas, estará aí para durar e sobreviver a muitos de nós, mas dos mais novos.

Velho sobreiro

De vós, todos vi nascer,
E muitos mais, dos quais
Hoje só a saudade.

Sou ramagem a acolher
Dores, fadigas, vozes, cantigas,
Velhice e mocidade.

Sou vosso! No choro e no riso,
Na descrença como na na fé;
Sou de Guisande, monte do Viso !
Sou até que, enfim, morra de pé.

28 de fevereiro de 2018

Bate leve, levemente




As notícias de hoje, 28 de Fevereiro, dão conta de fortes nevões que estão a assolar muitos países europeus, incluindo Portugal, sobretudo nas regiões montanhosas do norte e centro, afectando cidades como Bragança, Vila Real, Guarda, entre outras.
Por cá, a neve ainda não caiu e não é expectável que caia, mas, sendo rara, não é novidade em Guisande, como aconteceu nomeadamente em 3 de Fevereiro de 1963, num sábado, como demonstram as fotos antigas que aqui trazemos à memória. Vê-se a zona da igreja matriz  e adro cobertos desse sempre belo manto branco tecido pela mãe-natureza.  Recém nascido, obviamente que não assisti e foi preciso esperar mais vinte e um anos, no Carnaval de 1984 para ver a neve a cair em Guisande e redondezas com alguma significância.


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

(...)
A Balada da Neve - Augusto Gil

26 de fevereiro de 2018

Perceber da poda


Fotografia de final dos anos 60. O nosso saudoso pároco, Pe. Francisco Oliveira, a podar os belos arbustos que o mesmo plantou uns anos antes.
Pessoalmente, embora anos mais tarde, ainda me recordo desta cena pois era frequente ver o Pe. Francisco a tratar carinhosamente dos seus arbustos, dando-lhes pacientemente a forma desejada. Neste mesmo arbusto, uns anos mais tarde esculpiu umas letras, como mostrarei um dia destes.
Infelizmente, esta saudosa cena jamais se repetirá, porque tanto o Pe. Francisco como os arbustos já não existem, mas apenas na nossa memória. Ora esta não se apaga, tanto mais que reforçada com estes raros apontamentos fotográficos.

29 de janeiro de 2018

Reversão da Reforma Administrativa e anulação das uniões de freguesias


A propósito da petição que já anda apor aí a circular para reversão da malfadada Reforma Administrativa que conduziu à extinção de centenas de freguesias, nomeadamente de Guisande, e à sua acomodação em uniões, na maior parte dos casos mal amanhadas, já falamos aqui neste artigo.
Como se tem lido, estas petições públicas estão a circular em algumas das nossas freguesias vizinhas afectadas pelas uniões, como Vale, Pigeiros e Louredo. Podem estar a ser promovidas noutras freguesias, mas pelo menos do nosso conhecimento são as atrás referidas. 

Sem prejuízo de outra posição, não surpreende, pois, que  estejam fora destas preocupações e deste processo de petição, as freguesias cabeças das uniões, nomeadamente Lobão, Caldas de S. Jorge e Canedo, num sinal claro de que, do mal o menos,  são as freguesias que menos perderam com as uniões e que de algum modo até ganharam alguma importância face à preponderância de cabeça e local de sede e mesmo porque concentraram em si investimentos que pela regra da proporcionalidade caberiam a cada uma das freguesias agregadas.

A este propósito teve alguma razão Celestino Sacramento, da bancada do PS, quando na última assembleia de freguesia (primeira do novo mandato) tomou voz e falou em 400 mil euros como cabendo a Guisande. É certo que as contas agora não são feitas assim, mas é uma orientação válida e lógica. Ora se o orçamento anual da nossa Junta da União das Freguesias tem rondado os 600 mil euros, olhando para a tal proporcionalidade de número de habitantes/eleitores, a Lobão, em números redondos, caberia metade do bolo, 3/6, e a cada uma das três demais freguesias (Gião, Louredo e Guisande) caberia 1/6. Ou seja, 300 + 100 + 100 + 100 mil euros. Como eu disse, números redondos e como balizamento, porque em rigor os orçamentos anuais de alguns executivos da ex-Junta de Freguesia de Guisande,  até ultrapassaram em muito os tais 100 mil euros, dependendo dos subsídios e apoios especiais a determinadas obras. 

Para além do mais, a ter em conta o compromisso inicial deste processo, de que uma das mais valias das uniões seria procurar incrementar as freguesias menos desenvolvidas de modo a limar diferenças, estava implícito um natural acréscimo de verba de modo a que a médio prazo se pudessem gerar equilíbrios e homogeneidade em todo o território. Ora isto não aconteceu no primeiro mandato da nova realidade administrativa, e em muito devido aos compromissos e dificuldades financeiras herdadas, mas mesmo agora que sanadas e até com um presente de um substancial saldo positivo herdado do anterior executivo, na ordem dos 100 mil euros, não nos parece que este ajustamento vá acontecer no actual mandato, até porque os sinais dados neste primeiro trimestre são ilucidativos dessa inoperância.

Assim sendo, alguém acredita que Guisande nestes próximos quatro anos vai absorver um investimento de 400 mil euros? Ou mesmo, optimistamente, 300 mil? Ou mesmo Louredo? Qualquer leigo na matéria, até pela leitura do processo eleitoral de Outubro de 2017, perceberá que as fatias de leão irão naturalmente para Lobão e para Gião. No final far-se-ão contas, mas, para mal da tal importância de homogeneidade de desenvolvimento, não nos parece que tão cedo  venha a ser uma realidade e isto porque na actualidade são poucos os "tolos" sem arte pelo que na hora de partir e repartir... 

Tal como a minha ex-colega de Junta, Marta Costa, de Louredo, que integra o movimento de petição naquela freguesia, afirmou recentemente no Jornal N que enquanto membro no executivo sentiu uma enorme desilusão e incapacidade, eu também falo com a autoridade de quem esteve no executivo e experimentou uma igual frustração e igual incapacidade quanto às expectativas que os mentores das uniões de freguesias criaram, apregoaram e defenderam como certas, até mesmo por parte da nossa Câmara Municipal. Foi de facto uma desilusão e uma luta inglória a das freguesias mais pequenas, perdendo autonomia, identidade e investimento, mesmo nas coisas mais básicas como limpezas de ruas e espaços, públicos.

Posto isto, mesmo estando convencido que o poder de decisão estará apenas no Governo, e não tanto ou nada nas petições públicas e força dos movimentos, faz todo o sentido que a população expresse nas petições a sua posição, numa espécie de referendo quanto às actuais uniões.
Entretanto, em notícia de hoje, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, divulgou que o assunto da reorganização será levado  à Assembleia da República até final do mês de Junho.  Vamos ser optimistas e esperar que então saia algo de positivo para as freguesias discriminadas.

Nota: Para apalpar o pulso aos habituais clientes desta casa, e diariamente andarão na ordem dos 400 visitantes, criamos, ao lado, uma simples sondagem na qual se pede a opinião quanto à possibilidade de reversão da Reforma Administrativa e à consequente anulação ou reformulação das uniões de freguesias tidas como fracassos, como a nossa. Podem, pois, querendo, votar.

27 de janeiro de 2018

Colheita de sangue 27/01/2018


Na jornada de colheita de sangue realizada hoje, 27 de Janeiro de 2018, no Centro Social, no Monte do Viso, contabilizaram-se 44 presenças e 38 dádivas. Por comparação, em Julho do ano passado, ocorreram 53 presenças e as mesmas 38 dádivas.

Tempos houve em que na nossa freguesia  estes valores eram pelo menos a triplicar. Vários factores têm contribuído para uma redução substancial dos dadores a participar, mas mesmo assim continua a ser um número significativo. Agradece-se a todos quantos participaram, tanto dadores como organização. Bem hajam!

24 de janeiro de 2018

Colheita de Sangue - Este sábado, 27 de Janeiro de 2018

No próximo Sábado, 27 de Janeiro de 2018, das 09:00 às 13:00 horas, será realizada mais uma colheita de sangue nas instalações do Centro Social  S. Mamede de Guisande, no Monte do Viso.
Num período em que novamente têm sido noticiadas carências de sangue nas nossas unidades hospitalares, ganha uma acrescida importância a generosidade dos dadores.
É certo que os dadores têm sido desconsiderados pelas entidades estatais, o que em muito tem contribuído para um decréscimo das dádivas, mas importa não ficar indiferente a esta necessidade cívica e porque dessa generosidade todos podemos vir a beneficiar. Por isso, venha doar sangue e doar vida. 


10 de janeiro de 2018

Reversão da Reforma Administrativa

Está já no terreno uma angariação de assinaturas/petição com vista ao pedido de reversão da freguesia de Guisande para a sua situação anterior à Reforma Administrativa, de resto como está já a acontecer em algumas freguesias agora integradas em uniões. A petição é encabeçada por um grupo multi-partidário de cidadãos, nomeadamente ex-autarcas.

Concerteza que já assinei e creio que não faltará quem assine pois o descontentamento das freguesias agregadas é geral. Parece-me que, infelizmente, será um esforço em vão, porque os políticos, e destes quem decide, são pouco dados a petições, mesmo que estas possam expressar uma larga maioria de uma freguesia e de uma população.

Em todo o caso, é importante que a petição seja assinada pela maioria dos cidadãos, eleitores ou não, de modo a que, na eventualidade de poder vir a valer alguma coisa, possa ser utilizada.
Creio que uma eventual alteração à Reforma Administrativa, total ou parcial, dependerá sobretudo do actual Governo e da vontade efectiva deste mexer na coisa. Pela parte da actual Câmara Municipal não nos parece que dali possa vir qualquer ajuda no sentido da mudança, mas nunca é tarde para reparar erros do passado recente. Qualquer mudança, porém, ou será agora nesta legislatura ou muito dificilmente será mais tarde, porque se a situação actual ganhar raízes vai ser bem mais difícil. E convenhamos que nestas coisas, pelas implicações resultantes, não podem andar a ser alteradas constantemente.

23 de dezembro de 2017

É Natal na nossa aldeia



É Natal na nossa aldeia,
Feliz tempo que enternece;
Cada casa com mesa cheia,
E uma lareira que aquece.

À casa doce paterna,
Vão dar todos os caminhos,
Todos a ela acorrem
Quais aves aos seus ninhos.

Chegam filhos, genros e noras,
Chegam netos, já crescidos,
Qual bagos de doces amoras,
Todos juntos, bem juntinhos.

Na mesa grande há fartura
De coisas boas, da avó,
A fome também  é de ternura
De aconchegos e não só.

Abre-se espaço na mesa
Que a rainha é chegada,
Qual tesouro da pobreza,
Já fumega a caldeirada.

O bacalhau lá está, claro,
A batata e a penca que é couve,
O azeite dourado, do mais caro.
- Que Nosso Senhor o louve!

De vinho bom, bem regadas,
Santa e doce esta alegria,
Lá vêm, vejam, as rabanadas,
As filhoses e a aletria.

A mãe, avó eternecida,
Enlevada neste amor,
Junta as mãos, agradecida:
- Louvado Deus meu Senhor.

É Natal na nossa aldeia,
O do Menino, o de Jesus;
Nossa alma está cheia
Da sua imensa, intensa luz.

É Natal na nossa aldeia!



A. Almeida 12/2017

18 de dezembro de 2017

Limpeza de ruas


A Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande começou hoje a limpeza da Rua Cónego Ferreira Pinto, de norte para sul. 
Esta é uma das principais rua da freguesia e havia sido limpa pela última vez no princípio de Agosto de 2016, por isso há quase um ano e meio. 
Num novo mandato já sem impedimentos anormais de ordem financeira e com uma herança positiva do anterior mandato superior a 100 mil euros, importa que a limpeza das ruas, sobretudo das principais e junto às habitações, seja feita de forma mais regular e nunca ao ponto de atingir a situação actual, acima fotografada.

17 de dezembro de 2017

3ª Ceia Solidária de Natal







Teve lugar ontem, 16 de Dezembro,  a partir das 20:00 horas, nas instalações do Centro Cívico, cedidas pelo Centro Social, no Monte do Viso, a 3ª Ceia Solidária de Natal, organizada pelo Grupo Solidário de Guisande. Os dois salões encheram-se com mais de 150 pessoas para um convívio e partilha inter-geracionais. Muitos idosos e muitas crianças que com a sua alegria voltaram a ecoar dentro das paredes daquela que foi uma escola que marcou gerações de guisandenses.

Todo o jantar esteve com uma qualidade irrepreensível, com comida tradicional, a boa caldeirada de bacalhau, saborosa, bem confeccionada e em quantidade, e bem servida pelo vasto grupo de pessoas que prescindiram do conforto da mesa para se disponibilizarem a ajudar, tanto na cozinha como na serventia.
Para além dos responsáveis pelo grupo Solidário e Centro Social, de registar a presença do Sr. Padre Farinha e ainda do Sr. David Neves, membro da Assembleia de Freguesia e da Patrícia Pinho, representante de Guisande na Junta da União de Freguesias a qual esteve envolvida no grupo de serviço. Faltaram outras pessoas que eventualmente poderiam e deveriam estar, mesmo que a marcar ponto, mas como diz a cantiga, só faz falta quem cá está e é sempre bem preferível um bom jantar e um convívio com gente boa e bem disposta do que com gente aziada e a fazer frete, digo eu.

Parabéns a todos, de modo especial ao Grupo Solidário de Guisande e pessoas que tornaram possível este evento que começa a ser tradição. Todos foram inexcedíveis na dedicação e simpatia.