Terminado que está o
mandato 2014/2017 para a Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e
Guisande, faltando apenas o formalismo legal da tomada de posse dos órgãos
executivo e deliberativo decorrentes dos resultados eleitorais do passado
Domingo, dia 1 de Outubro, que deverá, em princípio, acontecer lá para o dia 20
deste mês, é o tempo de algumas reflexões pessoais sobre o mandato que agora
termina.
Por ora, começo por me referir
aos meus três colegas de Junta que, como eu, por motivos similares ou
diferentes, pessoais ou políticos, entenderam não se recandidatar a um novo
mandato, nem mesmo em posição de poder fazer parte da Assembleia de Freguesia. De todos fico com uma excelente impressão,
como pessoas muito capazes, competentes e sobretudo conhecedoras e forte e afectivamente ligadas às suas
freguesias.
A Marta Costa, a secretária,
pessoa competente, simpática, de trato fácil e muito conhecedora da sua
freguesia de Louredo, na qual de resto está envolvida em vários movimentos ou
grupos. Não desconsiderando quem vai ficar a representar Louredo, que não
conheço de todo, não tenho dúvidas que a freguesia de Louredo fica a perder com
a mudança.
O Márcio Moura, o tesoureiro, bem mais calmo e
de menos palavras, mas muito assertivo, mostrou ser competente na sua área de
engenharia civil, tal como a Marta, no que foi uma mais valia desta Junta,
quiçá pouco aproveitados devido à escassez de obras. Obviamente que também
mostrou ser um bom conhecedor da sua freguesia de Gião.
O Pedro Serralva, apesar de ter
em Lobão um papel secundário e menos importante ou menos exigente que qualquer um dos
colegas nas demais freguesias, mostrou ser uma pessoa conhecedora da sua
freguesia e da população e sempre muito interessada e com uma ligação forte ao partido, porventura o mais político de todos os elementos da Junta. A meu ver foi pouco aproveitado pois seria útil em muitas funções e tarefas.
Pessoalmente foi uma das melhores
experiências na Junta o ter conhecido estes colegas e com eles partilhado as
dificuldades do mandato, nomeadamente as decorrentes da mudança e a de se ter que lidar directa e pessoalmente com as populações, quase sempre num clima de descontentamento.
Foram ainda
colegas solidários, pois tanto a Marta como o Márcio, secretária e tesoureiro,
partilharam do seu próprio bolso ou carteira, os já por si baixos rendimentos que tinham ao
serviço da Junta, com os colegas vogais, eu próprio e o Pedro. Com esta
partilha pelo menos foi possível minimizar os custos pessoais com combustível e
transporte, já que o resto foi serviço totalmente voluntário.
Como não é segredo, ontem tivemos a possibilidade de realizar um jantar de amigos e colegas onde houve lugar a alguma reflexão, não tanto sobre o passado, porque já é lá atrás, mas sobretudo sobre o presente e o futuro. Espero que haja oportunidade para mais encontros destes de tertúlia, amizade e reflexão sobre as nossas terras e a nossa União..
Certamente que fizemos parte de um mandato imerso em dificuldades, seguramente compreendidas por poucos, mas pela parte que me toca e pelos referidos colegas, não foi pela nossa vontade, querer e dedicação que as coisas não correrem de forma mais positiva. As coisas são como são e nem sempre querer é poder, até porque este, numa Junta de uma qualquer freguesia, sabe-se que legalmente pertence ao presidente.
Obrigado, pois, à Marta Costa ao
Márcio Moura e ao Pedro Serralva. Certamente que, até pela proximidade e porque somos todos parte desta União, vamos-nos vendo por aí e, quem sabe, em futuros contextos e futuras campanhas, de um lado ou outro.