5 de janeiro de 2018

Trapalhadas


Ontem, lá se deu o aguardado debate entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, os candidatos à liderança do PSD - Partido Social Democrata, cujas eleições internas directas estão marcadas para 13 deste mês de Janeiro. Apenas vi a segunda metade e pelo que agora leio na imprensa, terei perdido a parte dos ataques mais pessoais, nomeadamente os de Rui Rio em que trouxe à baila, de forma contundente, as "trapalhadas" de Santana Lopes aquando da sua efémera passagem como primeiro ministro entre 2004 e 2005, sucedendo a Durão Barroso que deu de frosques para Bruxelas para agarrar o cargo de presidente da Comissão Europeia. Quanto ao resto, para além de diferentes personalidades e estilos, o debate pouco acrescentou e as divergências, poucas, serão também elas de estilo. 
Sobre os candidatos já deixei aqui uma simples opinião e deste debate nada alterou na minha apreciação.
Em certa medida o confronto televisivo resumiu-se à declaração final de Rui Rio em que ele próprio voltou à carga com a questão das "trapalhadas" e inabilidade de Pedro Santana Lopes enquanto primeiro ministro num pressuposto e aviso de que, em consequência, não tem condições nem capacidades de voltar a almejar a ocupar o cargo uma vez que quem se candidata ao lugar de presidente do partido fá-lo com o objectivo de vir a ser chefe do governo. 
É certo que o Governo de Santana Lopes e todas as circunstâncias que o envolveram, nomeadamente na sua composição, bem como aquele inesquecível e inenarrável discurso de tomada de posse, marcaram o seu curto reinado, mas é certo que tal "cama" foi devidamente preparada, não só por muitos companheiros de partido mas sobretudo pelo presidente Jorge Sampaio. Este apenas aceitou Santana Lopes numa perspectiva de mudança que já se adivinhava. Foi apenas a encenação do acto final para a subida do PS ao poder e de José Sócrates. 
Em todo o caso, e parecendo-me que Rui Rio de algum modo foi contundente e até injusto para com o seu colega de partido, e basta lembrar que ele próprio foi um dos seus apoiantes no antes, no durante e no depois da sua governação, creio que, mesmo virando  o "bico ao prego", terá agora algumas razões de fundo, porque percebe-se que Pedro Santana Lopes até poderá vir a ser presidente do partido, mas provavelmente nunca primeiro ministro. Para má experiência chegou uma vez.
Mas a ver vamos, e por mim apenas como espectador indiferente ao resultado. De resto a política apenas interessa aos políticos e a quem, de algum modo, vive dela. 

3 de janeiro de 2018

Sim, estúpido, já estamos em 2018


Sim, já estamos em 2018. Entramos no novo ano da mesma forma que fazemos desde que nos conhecemos, novos e velhos. É certo que, quase sem darmos por isso, vão-se alterando as modas relacionadas a esta data, a esta transição simbólica de um para outro ano, mas na realidade tudo vai bater no mesmo e no dia seguinte há gente a dormir até às tantas, ressacas de bebedeiras e comezainas excessivas, urgências hospitalares entupidas com os resultados dos excessos, condutores embriagados, em que apenas uma amostra acaba por cair na malha das autoridades, etc, etc.

E para quem, muitos, gastou acima das suas possibilidades, fosse numa viagem cá dentro ou lá fora, ou uma noite num hotel chique a comer cubinhos de salmão gourmet sobre caminha de alface amaciada com porto reserva reduzido, a ressaca passa a ser da carteira. Na realidade o povo já não se contenta a passar o ano num areal escuro ouvindo o maralhar das ondas ou numa discoteca rasca dos anos 80, ou num bailarico de garagem numa festa improvisada pela associação recreativa local. Não, agora é tudo à rica, tudo à grande.

Há ainda as redes sociais e aqui a congestão ainda é maior, com os mesmos lugares comuns e as mesmas merdas partilhadas. E todos nós, ansiosos por uns likes, não resistimos a mostrar onde estamos, com quem, o que fazemos, o que comemos e bebemos.

Já no dia 2, 3, ou 4, acordamos então para a realidade, em que vamos ouvindo nas notícias que parece que vai haver uns aumentos no ordenado mínimo, uns tostões nas reformas e outras reposições aos tão carenciados funcionários públicos, essa pobre malta que vai para a reforma com três ou quatro ordenados mínimos. Mas afinal não vão ser só aumentos e reposições na receita: Feitas as contas vai dar tudo ao mesmo para quem vive a contar trocos, pois a lista dos aumentos na despesa é infindável, desde o combustível, até ao pão, passando pelo azeite, bebidas, tabaco, transportes, energia, etc, etc. Não há como escapar a esta realidade e o poupar é uma mera e ridícula  ilusão. Veja-se o Novo Banco, que tem publicitado uma treta chamada Pouparia e afinal, o máximo que oferecem nas diferentes aplicações é um juro que vai de 0,1 a 0,2 %. Trocos, que não chegam para pagar as comissões e despesas de conta. Ainda não será completamente assim, mas já não falta muito para pagarmos efectivamente aos bancos para lá termos uns trocos para  mensalmente liquidar por débito directo as despesas correntes com serviços como a água, electricidade e telefone.

Bem vistas as coisas, toda a alegria e esperança que contagiosamente despejamos ao virar do ponteiro do relógio e do calendário, passados poucos dias soa-nos a ridículo. Mas a vida é tal e qual assim e por isso daqui a doze meses voltamos ao mesmo, a ser alegres, esfuziantes, esperançosos e... novamente ridículos.

29 de dezembro de 2017

Por esse rio acima


Parece que o PSD - Partido Social Democrata vai a eleições internas lá para meados do próximo Janeiro, concretamente a 13.
Para o lugar de Passos Coelho, estão em disputa Rui Rio e o habitual Pedro Santana Lopes.
Analisando a coisa apenas como cidadão tão independente quanto possível, e tendo em conta uma análise, meramente pessoal, dos perfis dos candidatos e pelo que tem sido dado a perceber das suas vidas públicas e políticas, parece-me que Rui Rio será a melhor opção para o partido laranja numa altura em que já se percebeu que a geringonça vai funcionando, mesmo que alimentada por alguns sapos engolidos a seco, mas a cola que a une tem provado ser mais forte. Por outro lado, mesmo que com muitas trapalhadas e erros de casting pelo meio, tudo indica que, a não ser que até lá surja algum terramoto, daqueles em que a política é farta, António Costa está em plena preparação para vencer a próxima legislatura com maioria. O povo é de memória e vista curtas pelo que na hora de votar, contarão apenas o passado recente e o presente. Ora como, admita-se, as coisas estão bem melhores que no tal passado recente, a legislatura será então muito julgada por aí.
Posto isto, sendo-me verdadeira e completamente indiferente que vença Pedro Santana Lopes ou Rui Rio, se tivesse que fazer uma aposta seria neste último, em jeito de, do mal o menos. Por cá, algumas das figuras gradas da nossa política parece que apostaram em Santana. É uma escolha legítima, certamente, mas vamos a ver se, tal como aconteceu nas eleições para a distrital, não será mais uma aposta no cavalo errado. Mas perder e ganhar faz parte desta coisa chamada democracia e no final serão todos bons amigos, ou talvez não, digo eu.
De Santana, figura que até me merece respeito e alguma simpatia, sobretudo pela forma como está sempre na luta, e desde que mandou o jornalismo da SIC à merda, aquando do famoso episódio da chegada de Mourinho ao aeroporto com destino ao Benfica (Setembro de 2007), creio, porém, que está fora de tempo e a sua infeliz passagem como um primeiro-ministro varrido por Sampaio, deixou marcas e se como diz o ditado, "nunca se deve voltar ao lugar onde se foi feliz", por maioria de razão não me parece grande ideia esta da tentativa de se pretender voltar ao lugar onde se foi infeliz.

Pernis, cerveja, cartolas e...barretes

E pronto, a ter em conta algumas das notícias da actualidade, vamos ter um fim de ano marcado pelo caso dos pernis de porco, que parecem não ter chegado à Venezuela, e a compra das cartolas pela Câmara Municipal de Lisboa para oferecer aos foliões na passagem-de-ano. Podem parecer assuntos opostos mas estes, como nos ensinam e provam as ciências, atraem-se. 
Ora se a falta da chicha na ementa dos venezuelanos, pelo vistos, se deveu à caloteirice do Governo de S. Nicolau Maduro, essa espécie de Pai-Natal de bigodaça preta, quiçá por falta de dinheiro nos cofres, já a compra das cartolas pela malta do Fernandinho Medina parece que é por haver dinheiro em demasia. 
Mas como esta malta da política e "gestora" dos dinheiros públicos é mais especialista a enfiar-nos barretes, agora parece que nos querem enfiar mais e um, e daí, num passe de mágica, parece que a Super Bock é que vai ser o bombo da festa e as ditas cartolas ficam à sua conta. Uns mãos-largas. 

Por esta e por outras é que de há muito me fico pela Sagres ou mesmo pela Imperial.
No entretanto, venham de lá uns fadinhos para animar os alfacinhas que a Ana Moura, boa mocinha, faz a coisa por uns módicos 23 mil mais IVA e outros tantos para outros tantos. 

Benditos tempos de fartura!

27 de dezembro de 2017

Ficção - Quando ser bom cansa

Aviso prévio: Contém linguagem comum e corriqueira, mas numa apreciação politicamente correcta, pode ser entendida como incorrecta.

Se havia na aldeia de Cagadães pessoa generosa, altruísta, confidente, amigo do amigo, não era o pároco Pe. Elias, ainda que com nome do santo profeta a seu favor, ou nem sequer o presunçoso presidente da Junta, o Jacinto das Dornas, mesmo que dono de casa farta, o melhor cliente do alfaiate Carlinhos das Tesouras e condutor do melhor carrão da terra. Não! Não era nenhuma destas figuras, mesmo que na presunção de que os respectivos cargos devessem ser modelos de bons exemplos ou de melhores acções, de humildade e dedicação à causa alheia dos fregueses. Mas o povo, de longa data já desconfiado e experimentado, é das pessoas com tais responsabilidades públicas e comunitárias que menos espera em matéria de bondade e bem-fazer a favor dos outros, dos próximos ou dos afastados. Ficavam assim de fora, excluídas, estas duas “importantes” figuras da terrinha.

Posto isto, quem seria, então, a alma mais caridosa dessa típica aldeia encravada entre mar e serra? Até poder-se-ia pensar na professora D. Margaridinha, aposentada, sempre generosa nas esmolas e peditórios para a igreja, ou mesmo no Carlinhos das Cavadas, filho único, solteirão, dono de uma pequena fortuna em bens ao luar, frescas ribeiras e frondosas tapadas a perder de vista lá para a serra da Parada. Mas não, mesmo com as esmolas da velha professora ou com a banda de música e pregador na festa da Senhora do Amparo, pagos como antiga promessa pelo herdeiro das Cavadas, bem arranjada estaria a freguesia que a sua melhor alma se ficasse apenas por essas vaidosas benesses. Era, pois, quase de consideração geral que a melhor prenda humana da aldeia era o Toninho da Quintão. O homem, para além de toda a sua dedicação à arte de carpinteiro, qual S. José, tinha uma família, se não sagrada, pelo menos exemplar, e a todos ajudava. Mais do que a sua quota parte das ofertas a peditórios para as causas da igreja e da freguesia, estava sempre disponível para tudo e para todos. Nas tascas era um mãos largas, pagando rodadas a toda a gente. À sua volta não havia tristeza. Quanto a convívios era sempre o primeiro na organização e no encargo das despesas. Ele fazia parte de quase todos os movimentos da paróquia e de quase todas as confrarias e comissões de festas e festinhas. Tomou parte da direcção do Clube Desportivo de Cagadães, pagando a atletas e a árbitros, não que concordasse com os favorecimentos no apito, mas porque era assim que se "dançava" nos regionais da bola. Participou, também, em juntas e assembleias de freguesia, etc, etc, num nunca mais acabar de dedicação à sua terra e sua gente. 

Era, pois, esta uma alma exemplar e como tal uma figura querida e popular. Tanto que quisesse ele voltar a ser presidente da Junta de Cagadães e mesmo sem o apoio de qualquer partido daria uma abada ao cagão do Jacinto e seus pares da concelhia. Desejasse ele voltar a fazer parte da Comissão Fabriqueira e o padre Elias o acolheria como a uma criada roliça de cores sadias.  Mas, com a idade já a avançar para a reforma e farto de comer poeira e serradura de mogno e macacaúba, o Toninho já estava a ficar cansado de ser bom e com isso a perder a paciência como um velho serrote a perder a trava. Falando com os seus botões, enquanto moldava pinázios para portas e janelas, já não eram raras as vezes em que questionava o que tinha ganho até ali com essa sua boa e samaritana disponibilidade. Não que alguma vez esperasse receber dividendos pela sua natural forma de ser e estar, mas pelo menos quanto ao reconhecimento efectivo e afectivo da sua comunidade. É certo que reconhecia que num sentido geral era uma figura popular e por muitos realmente querida, mas também concluía, agora, mais lúcido, que de muitos outros essa era uma popularidade interesseira, daquela que os espertalhaços usam e abusam em benefício próprio.

Certo é, que fruto dessas cada vez mais regulares reflexões, quase existenciais, o Toninho da Quintão aos poucos começou a desprender-se de alguns compromissos com a freguesia e mesmo nos seus tempos livres, aparecendo menos vezes à tasca do Lacrau e com menos bondade nas esperadas rodadas. A quem lhe batia à porta, pedintes, associações de recuperação de drogados e bêbados, bombeiros ou comissões de festas, já começava a saber responder com um “fica para a próxima” ou já mesmo com um “não”, mesmo que justificando-o. A princípio muito a custo, a roer-lhe os fígados, porque contra a sua natureza, mas depois já com convicção, tornaram-se frequentes as negas, levando a desconfiar todos quantos a cada pedido ou solicitação esperassem a acostumada resposta sorridente e positiva, como se bastasse um abanão à árvore para dela caírem generosos frutos..

Em pouco tempo, esta é que era a verdade, o Toninho estava uma pessoa mudada. É certo que continuava a ser dedicado ao trabalho e à família, mas fechou quase a torneira à sua bondade e participação nas coisas da terra e a favor dos outros. E já não era uma posição que se lhe oferecesse dúvidas mas antes uma plena convicção. E quando interpelado dessa sua mudança, começou até a ser um pouco rude, ou curto e grosso como costuma classificar o povo. Os palavrões começaram a tornar-se vulgares nas suas apreciações, até ali caso raro, porque pautava-se pelos valores do respeito e simpatia. Mas agora as caralhadas saíam-lhe da boca com naturalidade e, de repente, parecia estar de mal com tudo e todos. Até o Pe. Elias que até ali lhe parecia estar à altura da sua função de pastor, desculpando-lhe o "rigor" nas contas do "venha a nós", apresentava-se-lhe agora na sua consideração como um “cheio-de-nove-horas”, interesseiro, avarento e até mesmo um rufia na forma como desconsiderava os paroquianos pobres e elevava os ricos. Já quanto ao presidente da Junta, o Jacinto das Dornas, era um “merdas” um "caga-latas" vaidoso, arrogante, de sorrisinho hipócrita, colector discreto das comissões dos empreiteiros do regime como se a discrição e o "saber fazê-las" não beliscasse a camada de honestidade.

Por outro lado, perante situações que antes, no exercício de cidadania, procurava resolver ou fazer com que resolvessem, mostrava-se agora indiferente e até revoltado. Ainda há dias, passando na Travessa dos Concharinhas viu que a rede pública de água estava com uma fissura perdendo uma grande quantidade de água. Noutros tempos teria de imediato telefonado para a companhia das águas  a avisar da avaria, mas agora, passando indiferente com o carro por cima da enxurrada de água, comentava para si próprio: - Que se fodam! Cabrões de merda que ainda há tempos, porque atrasei um dia a pagar a factura da água, tiveram a puta da lata de me cobrar juros de mora. É deixá-la correr. Está por conta do dono!
Já depois desse dilúvio, porque se andava em preparação para eleições para a Junta, foi convidado pelo Jacinto das Dornas a fazer parte da lista. Recusou, tanto educadamente quanto possível, mas já depois de o despachar, comentou para si próprio: - Vai-te foder, Jacintinho! Querias era mama! Alguém que te fizesse o trabalho para andares aí feito cagão a mostrar os dentes. Já mamas que chegue, incompetente de merda. O povo que abra os olhos! À minha custa, não! Vai-te foder!

Até aí, mesmo para algumas pessoas que sabia que por inveja lhe cortavam na casaca, nas suas costas, claro, mostrava-se indiferente à ofensa, sempre simpático e disponível, quase dando a outra face, mas agora perdeu essa paciência e a recomendação da doutrina e há dias sabendo por terceiros que o Zézinho Faneca, entre uma barba e um cabelo, esteve a dizer mal de si na barbearia do Alfredinho, confrontou-o à saída da tasca do Lacrau: - Ó meu grande filho da puta! Andas para aí feito tagarela, armado em cobarde a dizer mal de mim sem que eu te tenha feito algum mal? Qual é o teu problema? Queres que te amasse os cornos? Trata da tua vida senão tenho que te partir as bentas! - O Faneca, esperando o habitual e cordial cumprimento, ficou atordoado por esta reacção e mudou de cor para um branco pálido e mal conseguiu bocejar uma mentirosa negação. Foi ligeiro para o carro, como um rafeirito assustado, com o rabinho entre as pernas. Nunca mais lhe cortou na casaca e agora nas suas caminhadas desvia-se se o vir na sua direcção.

Poderiam ser aqui apontados mais exemplos dessa mudança do Toninho da Quintão, mas as descritas demonstram por si só que por vezes um homem cansa-se de ser bom. Ora verdade seja dita, na nossa sociedade sempre houve o pecado de se pretender abusar da bondade e generosidade de quem é bom e quase apetece dizer ou concluir que para gente má a bondade é um desperdício e porventura o Toninho, mesmo que um pouco tardiamente, chegou à sábia conclusão que a bondade é só para quem a faz por merecer e não para quem a dá como adquirida.  
Poderemos então concluir que o Toninho da Quintão deixou de ser uma alma boa? Talvez não! Quando muito aprendeu a distribuir a bondade apenas a quem a merece. Ora, dirá ele, os cabrões e filhos-da-puta deste mundo e de Cagadães não merecem qualquer gesto de bondade. Merecem mesmo um valente pontapé no cú ou bem apontado aos tomates, mas, vá lá, bondosamente, pelo menos a total indiferença.

Nunca é tarde para aprender e o Toninho, carpinteiro, de tanto "serrar" na bondade desperdiçada, aprendeu às suas custas. É que ser bom e generoso para cabrões e filhos da puta, cansa. É como "chover no molhado" ou "dar pérolas a porcos". Um desperdício.