23 de setembro de 2021

Que continue...

 



É certo que no geral pavimentações de baixa ou média qualidade, o que se compreende e justifica num contexto de quantidade em detrimento da qualidade, por isso quase sempre sem preocupação pela rectificação de traçados e reposição de passeios, e nem sempre com critérios baseados no estado de degradação das ruas, mas em boa verdade tem sido de louvar o esforço da Câmara Municipal e de Emídio Sousa na pavimentação de muitas das ruas do concelho. Muito positivo. Não fora esse esforço financeiro do orçamento municipal e a freguesia de Guisande nestes quatro anos tinha ficado a zero em obras e melhoramentos.

Espera-se que este esforço de repavimentação continue, e que o mesmo empenho se estenda na obrigação da Indáqua em repor com qualidade aquilo que vai danificando, com inúmeras ligações mal repavimentadas e que se perpetuam e tantas vezes realizadas  passados poucos dias da pavimentação.

Importa ainda ainda que a reabilitação dos centros urbanos continue porque se considerarmos um por freguesia só faltam 23. Guisande continua a aguardar a sua vez mesmo sabendo que tem pouca ou nenhuma voz no assunto. 

Coisa que por cá....

 

António Cardoso, encabeça a lista do Partido Socialista concorrente à União das Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros. Uma União que tal como a nossa tem sido um fracasso apesar de na versão mínima de duas unidades. 
Pelo seu carisma e popularidade, e pela excelente equipa que o acompanha, O Eng.º Cardoso tem todas as condições para conquistar o poder na respectiva união de freguesias. O povo o dirá no próximo Domingo de eleições.

Já quanto à sua sentença de que "É preciso olhar as freguesias no conjunto e servir todas por igual" é o mínimo que se pode exigir de alguém candidato a presidente de Junta e é o princípio elementar para que a coisa possa funcionar. Sem essa equidade, nada feito.

Infelizmente, pela experiência de dois mandatos que leva esta coisa das uniões de freguesias, a realidade tem demonstrado o contrário, com presidentes a olhar quase só para o umbigo da sua freguesia e as freguesias mais pequenas a serem invariavelmente subalternizadas, remetidas aos restos. E se em qualquer uma das freguesias vence o partido concorrente, ó diabo, então temos o caldo entornado e o revanchismo passa a ser a tónica e só por aí se pode perceber ou justificar que determinada freguesia seja tão desprezada.

Ao fim de oito anos, vai sendo tempo de começar a mudar mentalidades e de virar a agulha num disco que tem estado riscado. Para uma união de freguesias a abordagem de gestão tem que ser diferente e dar aos representantes de cada uma das partes integrantes mais poderes e acção porque delas mais conhecedores. Qualquer executivo presidencialista e egocêntrico está condenado ao fracasso e mais cedo ou mais tarde sairá pela porta pequena da consideração e estima da população.

22 de setembro de 2021

Fazer futuro....

 





Habitação

 


A Habitação e o direito a ela, constitucional e sempre uma necessidade fundamental à dignidade da pessoa e da família. É, pois, sempre positivo que faça parte das preocupações de quem se recandidata à presidência de um município, como é o caso do Dr. Emídio Sousa.

Mas importa e é importante igualmente garantir que realmente quem beneficia de habitação social tem carências fundamentadas e objectivas, porque, infelizmente, são muitos e conhecidos exemplos de gente que ocupa habitação social sem reunir os critérios, vivendo ali de forma quase permanente, no que deveria ser uma situação de curto ou médio prazo, perpetuando-se com a prole, num contexto de chico-espertice de viver à custa do erário público suportado por quem trabalha e paga impostos, que não dignifica o merecimento de quem de forma normal se esforça por adquirir terreno, não o tendo, e construir habitação própria, sujeitando-se aos custos e responsabilidades inerentes, como projectos, taxas, licenças, IMI e encargos e compromissoes bancários. O excessivo facilitismo a uns e as barreiras e dificuldades a outros, com taxas pesadas e regulamentação urbanística excessivamente burocrática e intransigente, não ajudam a quem quer edificar ou requalificar  e faz crescer o sentimento de injustiça social e dela abre portas aos extremismos.

Nestas coisas de habitação social, emprestar a cana e o anzol em vez de dar o peixe, talvez seja um bom princípio.

Dá jeito um furacão...

Vamos ser claros! Com a concretização das nefastas Uniões de Freguesias e com isso o aumento do território e população de cada  respectiva unidade administrativa, e no caso concreto com a nossa União a englobar quatro freguesias e uma população que já estará acima dos 10 mil habitantes (aguarda-se o resultado dos Censos 2021), deixou de ser possível realizar campanhas eleitorais casa-a-acasa, rosto-a-rosto. 

Recordo-me que há sete anos quando decidi integrar uma lista participante nas eleições intercalares de 2014, com todos os aspectos positivos e negativos daí decorrentes, optei por dialogar pessoalmente com cada pessoa, exprimindo e esclarecendo os meus pontos de vista e as expectativas que me moviam no sentido de nessa transição procurar defender melhor a parte guisandense no bolo. 

Apesar de, forma quase generalizada, ir recebendo indicações de que caso fosse eleito teria uma missão quase impossível, a verdade é que quase sozinho, sem procissões, sem andores nem figurantes, lá realizei a campanha da forma mais esclarecedora possível, que deu naturalmente os seus frutos, com a vitória ampla, reconhecida e conseguida, revertendo a anterior tendência de voto em que em duas eleições anteriores havia ganho um partido concorrente.

Depois, num mandato mais curto e com heranças pesadas em dívida que cortaram as pernas a algumas obras, e com um presidencialismo demasiado rígido e mesmo inadequado face ao que se pretendia e esperava para uma nova realidade de uma União a quatro, os resultados foram o que se sabe e deles uma enorme decepção pessoal pela incapacidade de reverter as coisas, porque apenas um elemento à luz da lei sem poder e  sem competências atribuídas, para além do muito trabalho voluntário. Basicamente um moço de recados. 

Com essa incapcidade de levar a cabo as obras e melhoramentos que haviam sido propostos em programa, e apesar do forte sentimento de dever cumprido em face das responsabilidades, naturalmente que não encontrei condições objectivas e de princípio para enfrentar uma recandidatura. Nestas coisas, ou cumprimos e honramos a palavra dada aos eleitores ou damos o lugar a outros, mesmo que a tendência geral seja fazer tábua rasa das promessas e compromissos assumidos e voltar à cena com cinismo de actor e como ares de que nada se passou. Há que ter princípios!

Mas dizia eu, esta realidade de fazer uma campanha individual e personalizada, foi chão que deu uvas e torna-se agora tarefa impossível. Assim, as actuais campanhas resumem-se a uma procissão de gente que muitas vezes nem tem nada a ver com as freguesias, actuando como figurantes a quem se paga um jantar no final, fazendo barulho e distribuindo brindes e uns infomails todos janotas e coloridos, com gente sorridente, estampados com uma dúzia de considerações vagas sobre o que se promete realizar. No fundo um copy/paste de anteriores programas, porque em rigor do muito que habitualmente se promete, pouco ou nada se concretiza.

Ora este tipo de campanha, tipo um tornado ou furacção que varre alguma das nossas ruas, mesmo em horas inadequadas, até é o indicado para alguns recandidatos com  "heranças infelizes e pouco nada produtivas", porque assim não têm necessidade de se justificar cara-a-cara, de esclarecer, de ver questionada a palavra de honra, mesmo que já ela pouco valha. Conveniente! 

É, pois, no geral, esta uma campanha que não esclarece, que não argumenta, mas não compromete, o que até se encaixa nas exigências gerais, já que muito do eleitorado olha para estas coisas dos partidos e da política como o seu clube de futebol, em que pode perder, fazer maus resultados, jogar mal, ter um deficiente plano de jogo, um péssimo treinador e jogadores fraquinhos, mas tem sempre o seu apoio e aplauso. E com isso, com esta dedicação e lealdade caninas, se perpetuam, tantas vezes, incompetentes políticos. No fundo as campanhas eleitorais, salvo raras excepções, são um exercício teatral onde importa o espectáculo, o show off e em que o argumento invariavelmente é uma ficção, um faz-de-conta, como diz o povo.

Para mal dos nossos pecados, sinais dos tempos!

21 de setembro de 2021

Saber das novidades

Nestes tempos de campanha eleitoral, tem aumentado o número diário de visitas neste nosso espaço. Tem rondado o milhar de pessoas que por aqui passam com regularidade para saber novidades da terra.

Certamente que a esta frequência não é alheia a presente realidade da campanha eleitoral já que no próximo Domingo o eleitorado escolherá quem os representará nos órgãos de Poder Local. Nada, pois, mais natural que muito do eleitorado pretender saber ideias e opiniões.

No entanto, e quanto a campanha eleitoral, este nosso espaço porque pessoal não está sujeito nem obrigado a critérios de isenção e imparcialidade, pelo que naturalmente se reserva no direito de manifestar directa ou indirectamente apoio ou simpatia por uma ou outra força ou lista ou personalidade concorrentes. 

Apesar de tudo procuramos no geral  ir publicando alguma da propaganda que nos vai chegando às mãos, até porque é sempre importante que todas as opções de escolha sejam analisadas e equacionadas. Assim é a democracia.

Posto isto, naturalmente que cada um dentro da sua liberdade e de forma esclarecida faça a melhor escolha. O resto são cantigas!

Iniciativa Liberal à Câmara