24 de fevereiro de 2022

Ventos de leste

Da China chegou-nos essa coisa da Covid que teima em ficar por cá. Agora da Rússia e desse filho de Putin, chega-nos a guerra. Por ora nas bordas do império mas que, como pólvora, tem os ingredientes certos para se estender ao mundo.

1939/1945 foi já ali ao virar da esquina do tempo mas parece que pouco ou nada se aprendeu. O botão vermelho exerce um fascínio mortal por dedos nervosos de gente fardada. Os mísseis hipersónicos já estão a aquecer.

Onde é que este caminho nos vai levar?

23 de fevereiro de 2022

O cagaço de chamar os bois pelos nomes


Creio que todos nós, mais ou menos atentos às notícias, fomos informados por estes dias das agressões brutais a pessoal do Centro de Urgências no  Hospital de Vila Nova de Famalicão, perpetradas, segunda a imprensa generalista, por um grupo de pessoas (entre 10 a 20 indívíduos), em plena madrugada, de forma gratuita, sem qualquer motivo. Os agressores fugiram antes da chegada da polícia que alertada para o incidente, deve ter dado umas curvas pelo bilhar grande pois chegou já muito depois do crime a ponto de niguém identificar e muito menos deter. 

Livraram-se, quiçá de, também eles polícias, ser agredidos a pontapé e a murro e sem poderem usar dos meios adequados incluindo o uso da força. O histórico de condenações e processos disciplinares a agentes policiais que apenas exerceram o que deles se esperava, é suficiente para "amolecer"  o dever da autoridade. Assim, compreende-se que tenham chegado depois do pó assentar. Temos, pois, uma polícia "coninhas" à medida de um país de moles e brandos costumes.

Ora o que a nossa imprensa politicamente correcta e amestrada pelos apoios estatais não disse, é que o tal grupo de pessoas  afinal de contas era uma manada de valentes ciganos que ali pela calada da noite  quiseram fazer justiça à sua maneira agredindo de forma violenta e gratuita  enfermeiros e um segurança, para além de danos causados nas instalações. Ao que parece apenas esperavam que a mulher que acompanhavam tivesse um atendimento rápido e priveligiado. Não o sendo, como os demais, partiram para a violência.

Já se desconfiava. Afinal, estes episódios envolvendo esta gente anónima, pacífica e bem integrada, são mais que muitos. Onde vai um vão todos. Se um pinheiro dá pinhas, deve ser mesmo pinheiro. Mas para a nossa imprensa, um pinheiro é uma árvore que dá bananas.

Assim vão indo as coisas. Não podemos nem devemos generalizar, como em tudo, é certo, mas estas situações envolvendo grupos da referida etnia são mais que muitos e com uma impunidade de bradar aos infernos. Mereceria a atenção devida de quem manda, mas os nossos políticos são no geral uns valentes conas mansas ou pilas moles e por isso, ressalvando a misogenia da coisa e sem ofensa, temos o que merecemos. A maioria, como o algodão, não engana.

É disto que a casa gasta e depois surpreendem-se que chegue o Chega e facilmente seja a terceira força mais representada na nossa democrática Assembleia da República e com pernas para andar.

Este nosso cagaço de não chamar os bois pelos nomes, de não identificar os ciganos como ciganos, mesmo quando eles se orgulham de o ser, sob pena de sermos apelidados de xenófobos e intolerantes, irrita e revela em muito o sentimento de impunidade de que gozam certas franjas na nossa sociedade. Assim não! A integração também passa pela aplicação da Justiça, sem paninhos quentes.

Já agora, por andam os tais noventa e muitos marroquinos  dos que têm dado à costa dourada dos algarves e andam por aí livremente, já não localizáveis e sem qualquer controlo das autoridades? Ainda estão por cá, ou já deram de frosques?

22 de fevereiro de 2022

Ver o cu à Capicua


Na data de hoje, 22 de Fevereiro de 2022, temos uma capicua, ou seja, 22222, ou mesmo 22022022.

Relembre-se que capicuas são conjuntos de algarismos que se leem da mesma forma, quer da esquerda para a direita, quer da direita para a esquerda. 

Esta particularidade é rara e só voltará a acontecer em 21 de Dezembro de 2112, ou seja, 21122112. Ainda neste século XXI aconteceu também em 20 de Fevereiro do ano de 2002, ou seja, 20022002 ou 20220.

Quem tiver paciência e descoberto o elixir da eterna juventude também poderá esperar por ver acontecer a data de 2222222 ou 222222, ou seja, dois ou vinte e dois de Fevereiro do ano de dois mil e duzentos e vinte e dois. 

Mesmo neste mês de Fevereiro, algumas datas curiosas considerando os algarismos 0 e 2, como 02022022 e  20022022 e agora o tal 22022022 ou 2222.

BUPi BUPi BUPi Hurrah!


Finalmente, após várias tentativas e uma ida à Câmara Municipal ao respectivo balcão de atendimento, ali disponibilizado, lá consegui, espero, finalizar o processo de inscrição na plataforma de três prédios rústicos, que havia começado, sem êxito pelas desarmonias a que já havia aqui referido.

Em rigor estava já decidido a esquecer o assunto e deixá-lo para as calendas gregas, mas recebi um telefonema da técnica na Câmara, a incentivar-me a lá ir esclarecer o que tinha ficado por esclarecer, nomeadamente com a junção do título de propriedade na forma da  escritura. 

Assim, lá fui. Num espaço com poucas condições e nenhuma privacidade, valeu pelo menos a simpatia e paciência da técnica. Esperemos que de facto o assunto tenha ficado resolvido e os prédios devidamente integrados na plataforma cadastral, sendo certo que no futuro poderão ainda ser necessárias diligências de acordo e harmonização caso os proprietários confinantes venham a registar prédios cujos polígonos se venham a sobrepor, o que será relativamente fácil acontecer.

Para além de tudo, saí dali com uma certeza: Este registo dos meus prédios rústicos serão seguramente dos primeiros a ser cadastrados no território de Guisande. Por conseguinte a larga maioria dos prédios rústicos na nossa freguesia estão por cadastrar e continuarão assim por muito tempo, mesmo por parte dos grandes proprietários. As coisas são como são!

Nota de falecimento


Faleceu Maria da Conceição Ferreira da Silva (Ti´Maria do Morgado), com 92 anos (01 de Abril de 1929 a 21 de Fevereiro de 2022). Residia no lugar de Estôse - Guisande.

Cerimónias fúnebres na Quarta-Feira, 23 de Fevereiro, pelas 15:30 horas, na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar no cemitério local em jazigo de família. A Missa de 7º Dia terá lugar no Sábado, 26 de Fevereiro, pelas 17:30 horas, na igreja matriz de Guisande.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular a seus filhos. Paz à sua alma. Que Deus a tenha em eterno descanso.

21 de fevereiro de 2022

Acudam, que é lobo...(ou talvez não)

No contexto do conflito ou tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia, que vai marcando os dias, parece-me que a postura dos Estados Unidos e do seu presidente não me parece a mais adequada. Tem estado literalmente a replicar a fábula de "Pedro e o lobo" e com ela a marcar dias para a invasão, que era para ser na Quarta-Feira mas que agora pode acontecer na Quinta-Feira, ou, se calhar, no Sábado ou mesmo apenas para a semana.  Mas que a coisa está decidida, está, dizem!

Sinceramente não percebo esta tática de adivinhação, em vez de se partir para uma negociação diplomática credível e que sirva ambas as partes e sem atitudes de prognóstico de totobola. 

Porventura com ela, a táctica,  pretendem os americanos que Putin se sinta intimidado a invadir  sob pena de não querer dar razão aos adivinhos da Casa Branca. Parece-me evidente que a haver o propósito de invasão ela poderá ocorrer naturalmete em qualquer altura, independentemente da agenda anunciada pelos Estados Unidos. Ou seja, um dia o lobo vai mesmo atacar as ovelhas e aí já ninguém dará credibilidade ao Pedro Biden americano.

A ver vamos!

18 de fevereiro de 2022

Ousadia de ser

Pessoas como eu, que gostam de criticar e chamar à atenção do que acham que é incorrecto e está mal, levam-nos a ter mais inimigos do que amigos.

(..)

O problema para quem escreve, opina, intervém publicamente, tem que ver entre uma linha de se incomodar e uma linha de não se incomodar, não ligar, ser manso, dócil e tudo aceitar. A tentação de nada fazer, por vezes, é mais forte e cómoda do que actuar e intervir.

(...)

Seria mais cómodo, nada fazer e dizer, mas ser "livre" é uma opção política e de vida. Se falamos caímos no ridículo e julgam-nos por segundas intenções. Se nos calamos e nada fazemos , portámo-nos como cobardes e mansos à espera de algo.

(...)

Devemos e temos que ter a ousadia e a determinação de incomodar, chamando à atenção, fazer pensar quem nos lê, escuta e vê, ter uma visão diferente do poder instalado. É importante assinalar os abusos, imbecilidades, cinismo, desfaçatez, as suas razões grotescas, por fim, exigir que nos prestem contas e que expliquem as suas decisões.


Joaquim Jorge

Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores

[fonte e artigo completo: Diário de Notícias]