10 de fevereiro de 2023

A poesia

A poesia é uma importante forma de arte que desde há séculos tem sido valorizada em diferentes sociedades e culturas, sendo uma das formas mais antigas de escrita. Ela é essencialmente caracterizada por sua musicalidade, ritmo, e uso de recursos linguísticos específicos, como a metáfora, a personificação, e a assonância, para criar efeitos emocionais e artísticos.

A poesia pode ser usada para explorar uma ampla variedade de temas, desde aspectos da nossa personalidade até questões de carácter social, religioso, político, etc. Ela também pode ser usada como uma forma de autoexpressão, sendo  frequentemente usada para processar e compreender as emoções e as circunstâncias da vida.

Além disso, a poesia é conhecida por sua capacidade de evocar imagens poderosas e emocionantes na mente do leitor, e por sua capacidade de transmitir mensagens profundas e universais. A poesia pode ser encontrada em muitas culturas e tradições ao redor do mundo, e é apreciada por pessoas de todas as idades e origens.

Podemos concluir que a poesia é uma forma de arte rica e versátil, que tem o poder de inspirar, comover, e transformar.

7 de fevereiro de 2023

Rabiscos

 

Sorriso

Se soubesses, amor,

Quão me domina o teu sorriso,

Tinhas todo o poder sobre mim,

No arbítrio do bem ou mal.

Todo eu seria dor

Se me privasses do pleno juizo,

Mais valendo, que sofrer, o fim,

Como ferido um animal.


Mas creio que se por bem, apenas,

Sorrindo esses teus lábios doces,

Tão bom seria ter-te plena em mim.

Sorri, sorri sem dores ou penas,

Sorri, linda,  ainda como se fosses

A vida contida entre princípio e fim.

6 de fevereiro de 2023

Partícula



Ascendi à serra, sereno e só,

buscando um encontro de intimidade,

naquela aspereza criadora

granítica, despojada,

para me sentir envolto

numa nudez primitiva

onde a cama é de erva

e o cobertor de estrelas e luar.


A serra, ampla, sincera, tem este dom:

o de nos submeter

à insignificância que somos,

mas como um grão de areia

que faz sentido e dá forma

ao areal na imensa praia.


O universo majestoso é, afinal, 

uma massa densa de partículas, 

ínfimas mas plenas, 

onde cada ser

tem lugar, espaço e sentido.


A. Almeida - 06022023

Recreio permanente

Não há volta a dar. Os ditos programas de entretenimento que passam pelas nossas televisões, incluindo concursos, são de uma infantilidade enjoativa. A começar pela RTP, que por princípio teria outras responsabilidades e obrigações, tratam-nos como se fôssemos todos criancinhas. Bem sei que os tempos são outros, longínquos de Artur Agostinho, Henrique Mendes ou Igrejas Caeiro, mas não é preciso tanto. O nível anda por baixo, mas dizem-me que agora é assim, e que nestas coisas, modas e tendências (que até se dizem trends) copiam uns pelos outros o que de melhor (pior) se faz no resto do mundo. Os formatos são os mesmos e a fonte parece ser comum, como a Fremantle que produz a maioria dessas coisas (voices, masters chefes, got talents, preços certos, vai ou racha, etc, etc).

Já não há paciência e o problema é que, pelo menos na RTP, de algum modo andamos todos a pagar aquele recreio permanente. 

Felizmente que, na televisão paga, há sempre boas opções, ainda com documentários instrutivos e formativos. Ainda há muita coisa de positiva e cultural mas as coisas vão no sentido de tudo isso ser obsoleto. Anda já por aí a Inteligência Artificial a suprimir brechas de instrução e a transformar a ignorância de muitos em sabedoria. 

5 de fevereiro de 2023

Bodas de Ouro matrimoniais de Joaquim e Margarida


Ontem, Sábado, dia 4 de Fevereiro, celebraram Bodas de Ouro matrimoniais o casal Joaquim e Margarida, do lugar de Fornos desta nossa freguesia. A celebração foi feita durante a missa comunitária das 17:30 horas, celebrada pleo nosso pároco Pe. António Jorge.

Por isso há meio século que o Sr. Joaquim, natural de Argoncilhe, chegou a Guisande para um casamento para a vida com a D. Margarida.

Certamente que chegaram até esta data com altos e baixos, com momentos de alegria ou mesmo de dissabores e dificuldades, porventura com algumas situações de desânimo, como é próprio da natureza de qualquer casamento, mas certo é que para se chegar até aqui é demonstrativo de que foram capazes de cumprir o essencial do compromisso dado mutuamente quando se enlaçaram, o de fidelidade e de amor, tanto nos tempos de alegria como nos de tristeza, na saúde e na doença, todos de os dias da vida em comum. 

Amadureceram como pessoas, construíram o seu lar e dessas sementes têm filhas e netos. Fazem parte de uma família mais ampla, a da nossa comunidade onde sempre se integraram.

Pode parecer coisa de somenos importância, mas não é. É difícil, e pelo padrão dos tempos que correm já será proeza celebrar Bodas de Prata por vinte e cinco anos de vida em casal quanto mais cinquenta anos. Tal só se consegue com muito conhecimento mútuo, compreensão e tolerância sob os valores do casamento cristão. Ora estes valores, não constituindo regra, são quase a excepção que a confirma. Não surpreende, pois, o ritmo e a preponderância dos divórcios temporãos e das uniões a prazo, à experiência como se de coisas descartáveis se trate. Hoje em dia as ligações são quase só isso: Experiências em que ao primeiro desafio, mesmo sem ser grande o vendaval, o barco vacila e afunda-se. É o que é.

Ora o casal Joaquim e Margarida não serão um modelo perfeito de casal cristão, porque os não há, mas nesta conta redondinha de vida matrimonial, como as alianças que agora renovaram, têm demonstrado ser um casal muito unido, dois bons seres humanos optimistas e sempre bem dispostos, por vezes contagiantes, prontos para a brincadeira, convívio e um pé-de-dança, uma das qualidades que todos lhe reconhecem.

Merecem, pois, não só da sua família o orgulho, como da nossa comunidade, o apreço, respeito e votos de felicidades durante o tempo que Deus lhes quiser conceder.

Parabéns e venham mais 25!


[foto: cortesia de Domingos Magalhães]