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15 de junho de 2022

José Baptista e Délia Lopes - Bodas de Ouro

 

No Grupo Coral aquando do meu casamento

Num momento de convívio num aniversário da LIAM

Ouvi dizer que o José Baptista e a Maria Délia Lopes estão por estes dias a celebrar 50 anos de matrimónio (Bodas de Ouro).

Sendo assim há que endereçar os parabéns a ambos e ficar à espera dos 75. Não é para todos mas há que ter esperança.

O Zé Baptista sendo de Lobão, é de Guisande há pelo menos este meio século e como tal é dos nossos. Não podemos negar que é uma figura carismática da nossa freguesia e que a ela tem dado um positivo contributo nomeadamente nas suas participações na Assembleia de Freguesia, dirigente do Guisande F.C. e sobretudo no âmbito da paróquia onde por várias fases e durante muitos anos foi um elemento destacado do Grupo Coral, com a sua voz bem timbrada e característica. Mesmo quando fora do grupo, mas apenas na assembleia das celebrações, a sua voz ouve-se e distingue-se.

É certo que o peso dos anos amacia as pessoas e como tal também ele está mais caseiro, menos participativo nas coisas comunitárias, mas sempre com uma grande energia que dedica no amanho e cultivo da terra, que faz com paixão.

Estão já para trás os seus tempo de mais juventude, em que o nome José Pereira Baptista era sinónimo de Picheleiro e Electricista, como assim publicitava o jornal "O Mês de Guisande" pela década de 1980. 

Adepto ferrenho e apaixonado do F.C. Porto e politicamente Social Democrata convicto, tem sido uma pessoa de convicções mesmo que por vezes com um temperamento exacerbado, mas que mais que um defeito é uma característica positiva da sua forte personalidade. De resto, a freguesia precisa de pessoas feitas com esse molde. Gente que nem aquece nem arrefece, que entre muda e sai calada, é o que não falta por cá. Fazem falta mais Batistas.

Pessoalmente tenho por ele uma grande estima e consideração pessoal e creio que ele o reconhece. Nos momentos em que tivemos oportunidade de conviver, nomeadamente no Grupo Coral, Grupo da LIAM, etc, foi sempre uma pessoa positiva e bem disposta. Por vezes vira-se do avesso, é certo, mas, caramba, até os melhores têm os seus arrebates.

Quanto à  Maria Délia, como a conhecemos, é bem mais sossegada e discreta, mas igualmente dedicada às suas coisas e fazendo parte também das nossas, da paróquia, nomeadamente como catequista, na LIAM, etc. 

De um modo ou outro, este casal procurou viver de acordo com os bons valores do matrimónio como a compreensão, tolerância, estima e dedicação. Não tiveram a felicidade de ter filhos mas têm-se um ao outro e sobretudo à grande família de ambos e também os amigos Só com essas qualidades alguém, nos dias de hoje, pode ter o privilégio de celebrar bodas de ouro matrimoniais.

Parabéns a ambos e felicidades para o que falta vir!

25 de maio de 2022

O Jorge Ferreira está de parabéns!


Sei que não vai muito com estas manifestações (lamechices) expressas de forma pública, mas atrevo-me a fazê-lo, essencialmente porque me considero seu amigo e tenho-o igualmente em tal conta.

Sendo certo que é um pouco mais velho do que eu, temos tido uma boa relação desde há muito. E começou logo quando foi convidado ao meu casamento, ainda com o cabelo e bigode pretos. 

Depois, muitos anos em actividades ligadas à Associação Cultural de Guisande "O Despertar", companheiro de futebol de salão quase durante vinte anos e, mais recentemente, companheiro habitual das caminhadas por trilhos, subindo e descendo montes e vales, sempre numa boa passada.

Por tudo isso é merecida uma justificação de parabéns por mais um aniversário. De resto nem custa dar os parabéns aos amigos. 

Em todo o caso, principalmente para os mais novos que naturalmente não conhecem ou ignoram o percurso dos mais velhos, importa lembrar que o Ferreira, como quase sempre lhe chamámos, merece os parabéns, não só dos mais chegados, como familiares e amigos, mas de um modo geral de todos os guisandenses, já que para além de tudo teve e ainda tem um importante percurso e um contributo de cidadania, que é de enaltecer num tempo em que muitos dos valores que nos ligam à identidade da freguesia estão em perigo. 

O Jorge foi um exemplar jogador do Guisande F.C., dirigente da Associação “O Despertar”, sempre pronto e disponível, nomeadamente quando existia a secção de natação e Escola de Música. Ainda membro da Assembleia de Freguesia e secretário da Junta de Freguesia de Guisande (2001-2005). Colaborador nas coisas da paróquia, provavlemente mais que muitos que são assíduos fregueses.

Mesmo agora, já merecedor do retempero da reforma, continua a ajudar o Centro Social, a Associação de Dadores de Sangue, etc.

Para além de tudo, enquanto funcionário do Banco Espírito Santo, foi sempre prestável e disponível para ajudar na questão das burocracias relacionadas às nossas poupanças. Quem já não precisou dos seus serviços e favores?

Por tudo isso, desculpa lá, Jorge, mas fica aqui este registo. Não devemos guardar para amanhã o que podemos e devemos dizer hoje.

Parabéns, e quanto a anos de vida que venham, se não muitos, pelo menos os suficientes, mas bons, pois ainda temos muitos quilómetros para trilhar por esses montes e vales e a próxima jornada já está marcada. 

Não importa quantos faças mas os que faltam fazer. Parabéns!

21 de abril de 2022

Um livro ao professor Rodrigo


Ontem tive o ensejo e o prazer de oferecer o meu simples livro ao professor Rodrigo Sá Correia.

Sendo um "risco" oferecer um nosso livro a alguém que foi professor, e sobretudo de português (creio não estar enganado), certamente que a sua leitura terá sempre esse sentido analítico e admito que não faltarão por ali, no livro, algumas coisas a merecer reparos no olhar de um professor, mas como nesse aspecto tanto a publicação como seu autor não se apresentam como pretenciosos, creio que me há-de relevar.

Em todo o caso é mesmo um prazer a simples oferta, porque tenho de há muito uma natural consideração por esta figura guisandense, pela sua relevância enquanto cidadão e pela sua longa intervenção cívica na sua, minha e nossa freguesia. Desde atleta do Guisande F.C. dos primeiros tempos, bem como pela sua participação como dirigente e sobretudo como autarca, naturalmente que me merece uma natural estima e consideração. Guisande bem que precisaria e ganharia com mais pessoas com a sua bagagem cívica e intelectual.

Para além de tudo, sempre que com ele contactei, não só em contexto pessoal como inclusive em representação da Junta da União das Freguesias (nomeadamente no processo de compra/venda de um seu terreno contíguo ao cemitério), mostrou sempre ser afável, receptivo, compreensivo, dialogante e pragmático. Ora nem sempre estas virtudes abundam em muitos de nós na nossa freguesia, já que tendemos a complicar o fácil, a dificultar o óbvio e a esgrimir a importância do nosso rei na barriga.

Naturalmente que todos aqueles por quem tenho como amigos ou pessoas de estima, me merecem igualmente a mesma deferência mas penso que é de justiça realçar aqui de forma muito simples e pública a figura e pessoa do Prof. Rodrigo Sá Correia, mesmo com as naturais diferenças e posicionamentos que possamos ter.

Fica, pois, aqui esta referência.

22 de março de 2022

À biqueirada


Foi já há uns valentes anos. Quantos, não sei ao certo, porque isto de calcular tempo passado, a partir dos 40 perde-se a noção porque um ano parece ter metade. 

O Ramiro, o picheleiro, tinha um grupo de malta já perra dos ossos para as coisas do pontapé na bola, uma mistura de veteranos e reformados, mas que facilmente se vendia por umas trainadas que metessem cabidelas ou rojões à minhota, e de quando em vez, lá combinava um jogo de futebol com outra qualquer equipa que padecesse mais ou menos dos mesmos males, da velhice, dos ossos e da paixão pela bola. 

Assim, de quando em vez, quase sempre ao Sábado à tarde, pegava na cana e no isco da saudade de quem já teve melhores dias e dando a volta pelo Vale, Louredo e aqui em Guisande, lá pescava um grupo suficiente de carapaus de corrida para formar uma equipa e mais alguns suplentes, porque isto de jogar sem treinos e com as pernas já cansadas obrigava a um plantel extenso.

Em Guisande o Ramiro pescava o Jorge Ferreira, o António Ribeiro, velhas glórias do Guisande F.C. e creio que o Álvaro sapateiro. Não sei porque carga de água, porque nem meti cunha, também fui pescado duas ou três vezes, quase sempre para jogar a médio ou a defesa esquerdo, talvez porque mesmo sendo destro, acertava bem como o canhoto. E então lá ía com o grupo, não porque me entusiasmasse o jogo em si, mas sobretudo pelo convívio, pelo banho e pelo jantar depois da jogatana. 

Lembro-me de uma vez em que fomos para os lados de Amarante, não sei se de Verão ou Inverno, mas deveria ser Inverno porque choveu pegado durante o jogo e dos pés à cabeça era um frio gélido e pele de galinha. O equipamento, de manga curta e calçõeszinhos brilhantes à anos 80, pouco ajudava a escapar daquele gelo e o pelado encharcado fazia lembrar um lagar. A bola, essa tinha o peso da cabeça do Zé Grande, bom defesa, e quando vinha lá do ar a cair como um míssil ninguém lhe chegava a cabeça. Só mesmo de capacete.

Para além do frio gélido, do terreno encharcado e a malta, de um lado e outro, a chutar para a frente quase como num jogo de râguebi, pouco mais me lembro, mas há uma coisa que jamais esqueço: Jogando a defesa esquerdo, estava na frente numa jogada de ataque quando a bola veio-me ter aos pés. Posicionei-me, apontei, e numa espécie de canto curto ou cruzamento longo, peguei um valente biqueiro na bola ensopada e ela sobrevoou toda a malta, defesas e atacantes e foi-se encaixar dentro da baliza no ângulo superior direito. Golo! Um bonito golo! Merecia repetição em slow motion!

Já não me recordo do resultado final. Se calhar ganhamos, ou talvez não, mas isso pouco importa, pois afinal o jogo valeu por aquele golo marcado da esquerda pelo pé que tinha mais à mão, e dessa vez, foi mesmo o direito.

Depois, veio o final do jogo, o banho, a pomada nos músculos e o gelo nas pisaduras. Confortados com cuecas quentes lá fomos para os lados da Lixa fazer a segunda parte da jornada, o convívio com uma boa jantarada oferecida pelos lorpas dos visitados. Boa gente!

Chegamos a casa quase de madrugada, perros dos ossos e pesados da barriga. O próximo jogo só dali a uns meses quando a malta estivesse restabelecida.

Há coisas assim, e num desconforto de chuva e frio lá surge um golaço como um raio de sol, mesmo que fosse de pouca dura.

1 de janeiro de 2022

7 de novembro de 2021

Veteranos Guisande F.C. - Impõe copiosa derrota aos de Lobão

A equipa do Veteranos Guisande F.C. impôs ontem, 6 de Novembro, no Campo de Jogos "Oliveira e Santos", no Reguengo, uma copiosa derrota à equipa congénere da A.D.C. Lobão, por 4-0, em jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato da Associação de Atletas Veteranos de Terras de Santa Maria. Com esta vitória a equipa auri-negra segue na 3ª posição na tabela classificativa.

Na próxima jornada os valentes guisandenses deslocam-se até Vale de Cambra onde defrontarão o Valecambrense.

26 de outubro de 2021

Assim, não!

A ter em conta a informação de um dos dirigentes dos Veteranos Guisande F.C. a propósito de uma recente abordagem por parte da actual Junta União de Freguesias, e considerando que quando em campanha eleitoral se prometeu defender a identidade, valores e características de cada uma das freguesias e depois, já no poder, se propõe ou sugere alterar a denominação e cores do clube, como contrapartida, caminho ou condição para a viabilidade de apoio a um eventual relvado sintético no seu campo de jogos, não me parece de todo adequado nem mesmo aceitável.

Pretender-se renegar a História do clube como condição seja para o que for, foge do tal conceito de respeito pela identidade de uma terra e dos valores que se esperam neste contexto de União de Freguesias. 

Não é um bom começo, mas acredito que pelo meio possa haver algum equívoco de comunicação.

12 de outubro de 2021

Guisande F.C. Veteranos


Depois do interregno devido à pandemia da Covid-19, a equipa do Guisande F.C. Veteranos está de regresso ao Campo "Oliveira e Santos" , aos jogos de futebol e ao convívio.

Neste Sábado passado, houve jogo treino , com vitória por 2-1, contra a equipa do Cucujães.

Antes disso, um trabalho de equipa na limpeza e preparação do rectângulo de jogo e espaços envolventes.

Entretanto o grupo arrancou com a campanha de angariação de Amigos dos Veteranos de Guisande, por 5 euros por época desportiva, com habilitação ao sorteio semanal, de Outubro 2021 até Junho de 2022, de um conjunto de suplemento alimentar composto por 1 queijo, salpicão e chouriço. Uma forma saudável de ajudar o grupo.

27 de janeiro de 2021

Nota de falecimento

 


Faleceu Manuel Rodrigues de Paiva, de 78 anos de idade (20 de Novembro de 1942 - 27 de Janeiro de 2021). Natural de Romariz, vivia no lugar de Casaldaça - Guisande.

O funeral, com as condicionantes decorrentes do estado de pandemia, terá lugar na Quinta-Feira, dia 28 de Janeiro de 2021, pelas 16:00 horas, com cerimónias na Igreja Matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.

Foi uma figura com relevante intervenção cívica na freguesia de Guisande, tendo sido dirigente e presidente do Guisande F.C., sendo uma das figuras marcantes na fundação oficial do clube e da construção do Campo de Jogos "Oliveira e Santos". Foi Secretário da Junta de Freguesia de Guisande, depois das eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 1979, e ainda, em diferentes mandatos, elemento da Assembleia de Freguesia de Guisande, em representação do PSD e também da FJI - Força Jovem Independente no mandato de 1989/1993.

Que descanse em paz! Sentidos sentimentos a todos os familiares.

15 de setembro de 2020

O Eldorado da badalhoquice a bombar

 





Quando na Junta, tive a oportunidade de reportar algumas das situações de descarga de lixos, incluindo de construção civil e de oficinas de reparação automóvel, na zona do viaduto da A32, próximo do campo de futebol do Guisande F.C. Consegui até reunir matrículas e facturas. O assunto passou para o presidente que terá dado seguimento para a GNR.

Infelizmente, parece que a preocupação e o reporte deu em águas de bacalhau e as situações, então no início, mantiveram-se e até agravaram-se de lá para cá, como demonstram as fotos acima que alguém me fez chegar, informando que não apenas sob o viaduto mas também no estradão que liga a Cimo de Vila.

Importa que quem com alguma autoridade e responsabilidade procure investigar, limpar e promover medidas que impeçam ou dificultem esta situação, para além, claro, de alguma vigilância com frequência pelas autoridades.

De resto, para além do lixo e resíduos, situações de venda e consumo de droga e cenas para maiores de 18 anos são ali comuns e frequentes. Digamos que o local é um Eldorado da badalhoquice, nalgumas situações gerando insegurança para quem por ali passa para trabalhar nos campos ou matos ou mesmo em simples caminhadas.


Já agora, fica de seguida o relatório que reportei à Junta em 14 de Março de 2016 sobre a situação então verificada sob o viaduto da A32:

- Depósito de lixos:

Tomei conhecimento que debaixo do viaduto da A32 a nascente do Campo de Jogos em Guisande, está a ser depositado lixo e resíduos. A situação ainda não é grave mas devia-se pelo menos sinalizar a zona.

Há lá um foco de poluição, com a agravante de ter sido vazado para a linha de água, com resíduos de uma oficina automóvel, nomeadamente, filtros, pára-brisas, elementos do painel de navegação, espelhos, etc.

Tinha lá matrículas partidas, mas consegui juntar como um puzzle uma delas, pelo que poderá ser um elemento de identificação caso a autoridade se interesse. Também recolhi numa caixa de fornecimento de peças aparentemente proveniente da Alemanha, com factura dirigida a uma oficina localizada em Vila do Conde, chamada Auto Covelo. Há o nome e a direcção e na Net pode-se encontrar o contacto telefónico.

Penso que esta situação será de notificar à GNR para, querendo, procurar identificar o responsável. É inadmissível e injustificada a poluição com este tipo de detritos. facilmente se contacta a oficina em causa e intimida-se a mesma a vir efectuar a remoção do lixo já que há ali indícios de que a ligam à situação.

Anexo fotografias das situações. 14 de Março de 2016.

31 de outubro de 2019

Guisande Futebol Clube - 40 anos


O Guisande Futebol Clube desde há alguns anos que está inactivo, sem corpos gerentes e sem qualquer actividade. Apesar disso, tem uma história e um passado que importa que não sejam esquecidos. 

Neste sentido, hoje, 31 de Outubro de 2019, o clube completa 40 anos sobre a sua fundação oficial, data em que foi outorgada a escritura pública.

É certo que as suas origens são mais antigas, pelo menos quase duas décadas, mas em termos oficiais e jurídicos, a data é 31 de Outubro de 1979.

Apesar do repto por aqui lançado com tempo para que se organizasse qualquer evento comemorativo nesta data, eventualmente um jantar de partilha de memórias e confraternização, nada se organizou e nada se fez. Por conseguinte, mesmo que lembrada a data, em rigor a coisa passou em branco. Não faltaria gente com legitimidade histórica para o fazer, nomeadamente antigos presidentes do clube e dirigentes ou mesmo jogadores. Assim não aconteceu. É pena, mas as coisas são como são, e reconheçamos que com o clube inactivo não sobra grande vontade. Da Junta de Freguesia estamos órfãos, pelo que dali, desconhecedores da história, identidade e cultura do clube e da terra, nada veio no sentido de congregar e organizar qualquer evento comemorativo.

Embora num contexto diferente, felizmente temos tido a equipa dos Veteranos Guisande F.C, que tem vindo a utilizar e a zelar pelas instalações do campo "Oliveira e Santos", bem como a dignificar as cores do clube. A organização do eventual evento comemorativo dos 40 anos do clube poderia com legitimidade ser assumida pelo grupo mas, com as razões que lhes são legítimas, entenderam não dever envolver-se, o que se respeita.

Assim, sendo, mesmo sem bolo, parabéns! e parabéns a todos quanto ao longo da sua vida, mesmo que em diferentes contextos, desde presidentes, dirigentes, atletas, sócios e adeptos, ajudaram a criar e a fazer crescer o clube da nossa terra.

7 de outubro de 2019

Guisande F.C. - A tremura dos 40



Como por aqui lembrei há algum tempo, o Guisande F.C., mesmo sem estar em actividade oficial e sem corpos dirigentes, mesmo na situação de devedor à Associação de Futebol de Aveiro, é um clube que tem uma história que, mesmo no contexto referido, importaria não esquecer mas antes reavivar.

Ora essa história, em termos oficiais, vai completar 40 anos no próximo dia 31 de Outubro de 2019, já que a sua oficialização jurídica aconteceu em 31 de Outubro de 1979.
Quarenta é um número redondo e por isso sempre mais propício a lembrança e a eventual comemoração. É certo que há sempre quem diga que o clube tem uma história com mais anos. Isso é verdade, como de resto é uma situação comum a muitos outros clubes, mas em termos oficiais e jurídicos o clube prepara-se para fazer 40 anos. Nem mais nem menos. Em termos oficiosos, podemos sempre argumentar que o clube tem mais 10, 15 ou 20 anos, mas em rigor não são conhecidos documentos ou elementos com uma data e a ela agregar algum acontecimento substancial que a determine como fundadora.

Quanto à eventual comemoração dos 40 anos oficiais, lancei o repto  no sentido de lembrar essa data e essa história, eventualmente num simples jantar convívio que reunisse ex-presidentes, dirigentes e associados, no que poderia ser um momento interessante de partilha e confraternização.
Infelizmente, mesmo depois de algumas diligências no apalpar do interesse junto de alguns, a ideia parece não ter despertado atenção nem motivação, o que de algum modo é compreensível face à situação de inactividade.

Assim sendo, e porque até ao momento ninguém demonstrou interesse, nomeadamente pessoas com peso na história do clube, como antigos presidentes e dirigentes que com essa legitimidade poderiam fomentar e organizar uma qualquer cerimónia, por mais informal que fosse, no sentido de dar ao aniversário a importância merecida, parece, pois, que a data vai passar em claro. Pelo menos fica aqui lembrada.

Num contexto de normalidade poderia ser a Junta de Freguesia a promover essa comemoração mas como nesse aspecto temos estado órfãos e reina o desinteresse de quem manda, não será por aí.
É, pois, com pena que se constata esta indiferença, esta falta de massa crítica e dinamizadora do que quer que seja, mas as coisas são como são.  Será a tremura (não ternura) dos quarenta? Será mais do que isso, como uma letargia geral?

Como bom exemplo contrário, o da dedicação e interesse na sua história, o nosso vizinho Caldas de S. Jorge S.C., clube oficial e ligeiramente mais novo que o Guisande F.C., prepara-se para no próximo dia 24 de Outubro comemorar o seu 39º aniversário, em jantar convívio marcada para o restaurante  "Angellus Eventos". Mesmo sem ser um número redondo, outra forma de encarar e preservar a história e, claro, com gente à altura.

26 de agosto de 2019

Escola do Viso em reconstrução



Como se sabe, na actualidade o edifício da Escola Primária do Viso, depois de ter ficado devoluto, sem comunidade escolar, acabou por ser integrado no Centro Cívico, onde o Centro Social S. Mamede de Guisande desenvolve as suas actividades, embora estas ainda a "meio gás" por falta da decisão da Segurança Social relativamente ao programa de apoio, no que tem sido uma falta grave do poder político, mantendo, por interesses de cativações orçamentais, num impasse o acordo inicialmente aprovado. Adiante.

Como se percebe, este emblemático edifício, sobre o qual já aqui temos falado, nomeadamente sobre aspectos relacionados à sua origem, foi sendo alterado na sua configuração, sobretudo ao nível da cobertura e da zona dos alpendres dos recreios, bem como, naturalmente, da zona envolvente.

Recuando um pouco no tempo, e consultando o arquivo do jornal "O Mês de Guisande", ficamos a saber que pelo ano de 1985 o edifício entrava em obras de requalificação, depois de muito tempo de reclamação por parte dos professores quanto às suas precárias condições. Manuel Alves, então o presidente da Junta de Freguesia de Guisande, desculpava o executivo pelo facto de tais obras serem da responsabilidade da Câmara Municipal e que esta tardava em resolver o assunto apesar da pressão que sobre ela mantinha desde há dois anos antes (No passado como na actualidade, Guisande esquecida e ignorada pelo poder político).

Como se pode ler pelo recorte do jornal "O Mês de Guisande" na edição de Setembro de 1985, as obras constavam essencialmente de colocação de soalho novo, uma placa no tecto, reconstrução da cobertura e sua estrutura, passando a mesma das "quatro-águas" originais para "duas-águas", bem como obras nos recreios e remodelação das instalações sanitárias. Também se previa a substituição do mobiliário. Manuel Alves previa que a Câmara Municipal gastaria com tais obras pelo menos dois mil contos.

Todavia,bem à portuguesa, porque não se planearam as obras para o período de férias, perspectivava-se que as mesmas não estariam concluídas antes do início do ano lectivo pelo que se colocou a necessidade de arranjar provisoriamente um local alternativo para o funcionamento das duas salas de aulas.  O presidente da Junta informou que o Sr. Manuel Tavares, no Viso, então presidente do Guisande F.C., poderia vir ceder por algum tempo, até à conclusão das obras, o edifício da sua habitação, que na altura estava em fase final de construção mas ainda não habitado. Porém, tal não se veio a concretizar, porque tal proposta não foi aceite pelo Sr. Tavares.

Como alternativa, o presidente da Junta indicou o Rés-do-Chão do recém construído edifício da Junta de Freguesia de Guisande, no lugar da Igreja. Assim, em 30 de Setembro de 1985, teve lugar uma reunião com a presença  do Delegado Escolar, Sr. Carlos Tenreiro e o Director da Escola do Viso, Sr. Prof. Carlos Alberto Letra, a fim de serem analisadas as condições do local para funcionamento das aulas, ainda que de modo provisório. O Sr. presidente da Junta na altura não pode estar presente mas deixou as chaves. 

O parecer dos responsáveis escolares foi negativo já que consideraram que a instalação tinha reduzida luz e ventilação naturais e um pé-direito baixo. Visitaram de seguida o piso superior e concluíram que ali existiam condições para a alternativa de funcionamento das aulas. No entanto esta escolha acabou por não agradar à Junta, que a recusou, justificando vários inconvenientes, pelo que uma vez mais surgiu a necessidade de uma nova alternativa. 

No início de Outubro, a solução acabou por ser sugerida à Junta de Freguesia pelo Sr. Professor Carlos Alberto Letra e localizava-se no lugar do Viso, no edifício pertencente ao Sr. Mário Sá, na ~então emigrante na Venezuela, cuja esposa, a Srª Cecília Almeida, na altura era funcionária da Escola Primária do Viso e daí ter sugerido a possibilidade ao director escolar. Contactado o Sr. Mário Sá, este concorda em ceder a Cave da sua habitação, ampla e espaçosa, e a Junta é posta ao corrente desta opção, concordando com a mesma e garantindo os trabalhos da instalação do mobiliário ematerial necessário às aulas.

Entretanto, pela freguesia foram surgindo algumas insinuações negativas de que a Sr.ª Cecília Almeida teria algum interesse em ceder a casa pela cobrança da renda (falava-se em 20 mil escudos mensais). Porém tal não correspondia à verdade já que a intenção e disponibilidade de empréstimo do espaço da Cave da habitação era a título gratuito, apenas sob a justa condição de no final serem garantidas as mesmas condições de conservação aquando da posse, caso se registassem alguns estragos.

Para esclarecer este assunto e sanar as insinuações, a Junta de Freguesia passou uma declaração assinada pelo seu presidente, pelo Delegado Escolar e pelos professores da Escola do Viso, atestando a cedência a título gratuito. Como contrapartida a Junta comprometia-se a pagar a correspondente factura da electricidade e reparar ou pintar o espaço caso fosse necessário, devolvendo-o aos proprietários nas mesmas condições à data da sua posse.

Para reforçar este assunto, a Direcção da Escola do Viso Nº 2 - Posto Telescola Nº 666, emitiu uma circular dirigida aos pais dos alunos agradecendo publicamente a cedência do espaço para funcionamento da escola provisória  ao Sr. Mário Sá e esposa. Solicitava ainda aos pais dos alunos para instruírem e sensibilizarem os filhos quanto à importância da máxima conservação do espaço de modo a não causarem estragos e prejuízos. 

O início das aulas foi então programado para o dia 7 de Outubro mas a Junta acabou por não assegurar a mudança do mobiliário até à data, pelo que só no dia seguinte foi possível arrancar com as aulas.

Pelas previsões da Câmara e da Junta de Freguesia, as obras de requalificação da Escola do Viso teriam uma duração de 15 a 30 dias mas certo é que as mesmas se foram prolongando e pelo final de Outubro o prognóstico já apontava para a proximidade do Natal. Por outro lado, o empreiteiro era ainda menos optimista e informava o director da Escola que previa o final das obras apenas para Abril do ano seguinte (1986).
Esta situação naturalmente não agradava aos professores e aos pais já que as aulas decorriam num espaço improvisado, sem as condições adequadas e a insatisfação e críticas começaram a ser dirigidas à Junta de Freguesia, por sua vez também acossada pela oposição.

As obras de facto não foram realizadas até ao Natal, mas não se prolongaram até Abril como tinha sido previsto pelo empreiteiro, tendo, sim, sido dadas como terminadas em Fevereiro de 1986. A mudança para a escola renovada aconteceu precisamente no dia 26 de Fevereiro desse ano. Terminara, pois, um período de funcionamento em local provisório que durou quase cinco meses.

Esta situação certamente que hoje já não é lembrada por muitos, mas aconteceu e faz parte do historial deste emblemático edifício que diz muito a várias gerações de guisandenses.

15 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 3


Na sequência dos meus anteriores apontamentos sobre os campos de jogos do Guisande F.C. (aqui e aqui), trago agora à memória o facto de que por Outubro do ano de 1981, por isso dois anos após a entrada ao serviço do Campo da Barrosa, ter corrido na freguesia o "boato" de que o Sr. Manuel Pereira dos Santos, do lugar do Viso, estaria na disposição de oferecer ao clube o terreno necessário para construir o seu campo de jogos de modo a substituir o Campo da Barrosa, este de utilização recente mas com carácter provisório, sujeito ao pagamento de renda mensal e com dimensões reduzidas. O terreno a doar estava localizado no lugar de Cimo de Vila, na encosta norte do Monte da Mó, próximo da localização do actual reservatório de água, ou mesmo ocupando parte do terreno onde agora se implanta essa infraestrutura.

Face a esse "boato", na altura o jovem jornal "O Mês de Guisande" , foi  entrevistar o próprio Sr. Manuel Pereira sobre a veracidade do que pela freguesia se ia dizendo.
Certo é que, conforme se pode ler no extracto acima publicado, o Ti Pereira, como era conhecido, confirmou essa vontade, mas dizendo, com reservas, "...não concordo somente com tantos metros de terreno que a Direcção pretende, pois eles querem as medidas máximas de um campo de futebol, que são 130 por 80 m (10400 m2), o que eu acho exorbitante. Talvez com 7 mil metros quadrados tudo se arranje."
Estas reservas do Ti Pereira indiciavam naturalmente que já existiam contactos com o clube.

Como contrapartida, o Ti Pereira exigia que lhe fosse construída uma estrada que ligasse o lugar do Outeiro (Casa do António da Catana", até ao mato das Fontelas (limite com Cimo de Aldeia - Louredo). Considerava ainda que a abertura da estrada ficaria barata e contaria com o apoio dos demais proprietários confinantes. Todavia, confessava que a sua esposa (Sr. ª Madalena) mostrava-se um pouco hesitante na oferta, já que considerava ser muito terreno.

Ainda na mesma edição do jornal, foi contactado a propósito do assunto, o dirigente do Guisande F.C., David Ferreira da Conceição, na altura com o cargo de Tesoureiro, que confirmava haver contactos nesse sentido com o Ti Pereira e que o clube pretenderia dotar o espaço com todas as condições, incluindo uma pista de atletismo. Louvava assim a atitude do Ti Pereira, como uma oferta que engrandeceria o clube e a freguesia.

Apesar desta vontade e aparente optimismo, certo é que a oferta do terreno nunca se veio a consumar. De resto, em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande" em Junho de 1982, o então presidente da Direcção do Guisande F.C., Domingos da Conceição Lopes, dava o assunto como encerrado. Apesar de afirmar que o clube, entusiasmado com a perspectiva do novo campo, já tinha ali desenvolvido trabalhos preparatórios, como o levantamento topográfico e alguns estudos preliminares, certo é que lhe foi comunicado para o clube parar com os trabalhos, pois o terreno não seria cedido, invocando-se como justificação o facto de nem todos os elementos da família estarem de acordo.

O presidente da Direcção afirmou que já tinham somadas despesas de cento e tal contos, valendo ao clube o facto do topógrafo Saraiva (genro do Sr. Abel Correia), não ter cobrado pelo seu serviço, caso contrário sobrecarregaria o clube com uma verba que na época era avultada.
Em resumo, Domingos Lopes ressalvou assim o empenho da Direcção do clube em levar avante essa pretensão de construção do novo campo de jogos, remetendo todas as responsabilidades do fracasso ao Sr. Pereira e sua família.


(acima, localização da zona onde seria o campo de jogos e projecção aproximada da estrada a abrir por exigência do proprietário)

Este foi, pois, um episódio marcante, na história do clube e dos seus campos de jogos. Em todo o caso, analisado o assunto com a distância temporal decorrida, quase quarenta anos, a perspectiva de construção de um campo de futebol no lugar de Cimo de Vila, em terreno na encosta do Monte da Mó, implicaria movimentações de terra bastante significativas para além da abertura de arruamentos que, pelo clube, pela Junta ou Câmara Municipal, ficariam dispendiosos. É certo que por essa altura, ainda sem Plano Director Municipal, poderia ter sido possível a construção, mas posteriormente toda aquela zona veio a ser trancada como florestal e sem capacidade de edificação. 

Assim sendo, o terreno onde hoje poderia existir um campo de futebol continua com mato e algum pinhal, sujeito aos recorrentes incêndios, por isso com pouco ou reduzido rendimento. É certo que parte dele veio uns anos mais tarde a ser vendido à Indáqua para implantação do reservatório de água. Mas, porventura se houvesse uma total vontade por parte da família e concretizada a obra, os terrenos sobrantes e servidos por arruamento teriam agora, eventualmente, um maior valor. Mas como tal nunca veio a consumar-se tudo o que se possa dizer é pura especulação.

Para a história fica apenas esse facto, a vontade de doar o terreno e depois a recusa. E porque o Ti Pereira já por cá não anda para confirmar os verdadeiros motivos, tudo indica que na génese da recusa terá estado essencialmente o diferencial de área, já que para o clube era necessária a área pretendida e para o doador entendia que tal era exorbitante.

O resto é passado.

14 de agosto de 2019

Nas riscas do tempo...


As feições, a pinta, da maior parte desta rapaziada equipada às riscas, não enganam. Alguns continuaram a "deitar corpo" e estão hoje mais altos, alguns mais barrigudos, outros mais carecas e grisalhos. Mas que se conste, todos por aí. Enfim, carregam o peso de quase 40 anos passados após esta fotografia datada de 1981, nos primeiros tempos no Campo da Barrosa, cenário deste "boneco". 

Esta equipa de rapaziada adolescente, treinada pelo Américo Santos, participava então num torneio de futebol juvenil de Verão, organizado pela malta do jornal "O Mês de Guisande", designado de "2º Torneio Emigrante 81", com o apoio do Guisande F.C.. A equipa apresentava-se por isso como Guisande F.C. Juvenil. Uns anitos mais tarde, esta ideia de um torneio juvenil  deu origem ao popular torneio "Guisandito".

Entre outros, para além do treinador e co-organizador Américo Santos, estão ali o Rui Giro, o Maximino Gonçalves (Minito), o Fernando Neves, o Vitor "Teixeira", o Pedro da Natália, o Orlando Santos, o Rui Costa, o Américo Silva (guarda-redes), o António Alves, o Domingos Sousa, o António do "Zarelhas", etc.

Veja-se abaixo a reportagem do evento, publicada na época no jovem jornal "O Mês de Guisande", na edição de Setembro de 1981.

O torneio que se prolongou pelo mês de Setembro, terminou no dia 4 de Outubro desse ano. A equipa vencedora foi o J.C.A.R. Romariz. O torneio foi disputado em sistema de "poule", jogando todas contra todas, mas com as duas primeiras a disputarem uma final na qual a equipa da casa defrontou a de Romariz, tendo a decisão sido resolvida por grandes penalidades já que no tempo regulamentar o resultado ficou empatado (1-1).

Assim a equipa do Guisande F.C. Juvenil apesar de favorita acabou na 2ª posição. Seguiram-se as equipas  do F.C. Azevedo, S. Jorge S.C. e Arcozelo (Caldas de S. Jorge).


10 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 2


Retomando os apontamentos à volta dos campos de jogos no historial do Guisande F.C., no anterior artigo referimos que o Campo de Jogos "Oliveira e Santos" foi inaugurado  em 2 de Novembro de 1986. Todavia, as obras realizadas até àquela data foram as estritamente necessárias para as condições mínimas na altura exigidas. Por conseguinte, depois dessa importante data, o campo de jogos, tal como o conhecemos hoje, foi resultado de várias obras durante diversos mandatos e dinamizadas por diferentes corpos gerentes.

As obras iniciais não foram fáceis porque desde logo as verbas então existentes eram escassas, como na altura, em Julho de 1985 o então presidente da Direcção, Sr. Manuel Tavares, dava conta em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande". 

De facto nesse mês de Verão, as obras iniciaram-se com a terraplanagem do terreno, realizada pelo empreiteiro de Paços de Brandão, Sr. Firmino Gomes, cujos trabalhos custaram 350 contos, mas tendo sido interrompidos porque não havia mais dinheiro. Em concreto existia numa conta do Banco Espírito Santo a quantia de 200 contos transitada da anterior Comissão de Obras e angariada para o campo de jogos anteriormente previsto noutro local da freguesia, mas cujo negócio deu em "águas de bacalhau" ou mesmo como então disse Manuel Tavares "...já haviam existido duas oportunidades para se criar campos de futebol e como é sabido ambas deram em fiasco e de uma maneira esquisita".

Como fonte de receita para as restantes obras necessárias à mudança de casa, Manuel Tavares esperava o apoio e colaboração da população, emigrantes, Junta de Freguesia e ainda da Câmara Municipal com o fornecimento de material e seu transporte.
Apesar dos constrangimentos financeiros face às necessidades da obra, o presidente da Direcção do clube dizia que "...isto não é para parar mas sim para prosseguir a todo o gás".

Como curiosidade do que Manuel Tavares declarou na referida entrevista ao jornal "O Mês de Guisande", as ideias ou projectos para o novo campo de jogos, incluiriam uma pista de atletismo e balneários subterrâneos. Ainda uma bancada central.
Estas boas ideias, excepto a bancada central, nunca vieram a ser concretizadas. Obviamente que o homem sonha e a obra nasce, diz o poeta, mas sem dinheiro e recursos as coisas ficam apenas pelos sonhos. Foi o que aconteceu. Em todo o caso, o Campo de Jogos tal como existe é de qualidade significativa e obviamente que custou muito do esforço da freguesia no seu todo.

A par das dificuldades financeiras da época, surgiram problemas com os aspectos legais do terreno doado pelo Sr. Américo Pinto dos Santos e sua esposa Maria Angelina Oliveira Gomes. A Câmara Municipal ter-se-á comprometido a tratar da legalização predial, nomeadamente junto das Finanças e depois na Conservatória do Registo Predial, pelo que seria complicado avançar-se com obras sem a doação estar devidamente formalizada e o terreno no nome do clube. 

Assim, de modo a adiantar o andamento das obras, em declaração que a seguir transcrevemos, e que na altura foi publicada no jornal "O Mês de Guisande", os doadores passaram um documento no qual declaram pública e oficialmente que "...para os devidos e efeitos legais, oferecem ao Guisande Futebol Clube uma parcela de terreno , sita no lugar do Reguengo, freguesia de Guisande, concelho da Feira, com a área de 12 mil metros quadrados, destinado ao campo de futebol do clube acima citado, não podendo a colectividade dar outro uso que não seja para o fim destinado e acima mencionado".

Mais declararam que o clube assim poderia dar início às obras que fossem destinadas à construção do campo de futebol e que desde essa data seriam da responsabilidade do clube. Mais ainda, que oportunamente, logo que as Finanças indicassem o Nº da inscrição matricial, formalizariam a doação por escritura notarial.
Esperamos vir a ter a oportunidade de publicar por aqui a escritura de doação. Para já, o recorte da publicação no "MG" da referida declaração.


Como se vê, no contexto das histórias relacionadas aos campos de jogos do Guisande F.C., há vários apontamentos de interesse e que se não forem anotados obviamente que acabarão por caír no esquecimento da nossa memória colectiva.

Voltaremos ao assunto.

6 de agosto de 2019

Guisande F.C. - 40 anos



Tal como referimos aqui, nos apontamentos sobre o Guisande F.C., a sua fundação oficial, embora com raízes bem anteriores, aconteceu em 31 de Outubro de 1979,  data a que corresponde à outorga da escritura pública no 2º Cartório da Secretaria Notarial da Feira, com entrada a folhas 67 do livro nº 541-B.

Por sua vez, a constituição da associação que tomou o nome de Guizande Futebol Clube, foi publicada no Diário da República nº 296, III série, de 26 de Dezembro de 1979, mas creio que estamos todos de acordo que a data de referência corresponde à do primeiro acto oficial, precisamente 31 de Outubro de 1979. 

Neste contexto, fazendo contas que são simples e redondas, será já neste ano de 2019 que o clube completará 40 anos sobre a fundação oficial e como tal seria interessante, digo eu, que alguém com mais autoridade ou notoriedade no contexto da história do clube promovesse uma cerimónia, convívio ou jantar evocativo, que juntasse antigos dirigentes, atletas e sócios do clube. Não importará que seja algo com pompa ou circunstância mas apenas um momento de partilha, convívio e evocação da história do clube. 

De resto, estando este sem actividade oficial e sem corpos directivos, não se justificará algo muito cerimonioso. Mas a realizar-se terá um efeito simbólico importante, tanto mais numa altura em que se vão perdendo as referências pessoais e de entidades que deviam zelar pelo unidade e identidade sócio-culturais da freguesia.

Espero, de minha parte, que este repto encontre eco e que, ainda com tempo, se promova e organize qualquer evento a propósito e com a dignidade merecida.


31 de julho de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 1


Em anteriores apontamentos sobre alguns dos aspectos históricos e desportivos do Guisande Futebol Clube, já abordamos a questão dos campos de jogos que o clube teve como seus.
Mesmo que ainda sem elementos adicionais que melhor possam contribuir para documentar esta importante questão, procuremos, todavia, ao que foi escrito, acrescentar outros apontamentos, mesmo que repetindo alguns já anteriormente publicados.

Campo da Leira

Do que tenho memória, e há quem a tenha de forma mais precisa e mais recuada no tempo, e até mesmo experienciada, no caso de quem por essa altura jogava, o Guisande Futebol Clube realizava os  seus jogos caseiros num campo localizado no lugar da Leira, já próximo do lugar da Gândara, daí ter ficado conhecido como o "Campo da Leira", implantado à face da estrada que é hoje a Rua Nossa Senhora de Fátima.
O terreno era propriedade dos pais do Jorge da Silva Ferreira, por eles cedido a título de empréstimo e por isso num contexto provisório e precário.


Acima, vista aérea do local onde existiu nos anos 70 o campo de jogos da Leira. Como se perceberá, o antigo rectângulo de jogo ocupava espaço agora ocupado por algumas habitações.

Os pormenores relativos ao campo e às obras mínimas necessárias, como terraplanagem e construção de balizas e vedação do rectângulo de jogo, têm histórias e particularidades curiosas, de que alguns felizmente ainda se lembram, sobretudo o Sr. Valdemar Pinheiro, antigo atleta, massagista e dirigente do clube. Importa, recolher no papel ou em vídeo esses testemunhos que parecendo de somenos importância, são deveras interessantes até porque ajudam a compreender a dinâmica e envolvência daquele grupo de pessoas que por esses tempos  projectavam já a formação de um clube com a identidade guisandense.

Estávamos no início dos anos 70, eventualmente ainda no final dos anos 60, e ali o clube ainda sem estar constituído como tal, disputava com alguma regularidade jogos de carácter amistoso (por vezes pouco, diga-se), essencialmente contra equipas vizinhas, como o Lobão, o Romariz, o Pigeiros e outras mais. Obviamente, com as equipas das freguesias vizinhas a rivalidade era esperada e aumentada e que por esses tempos já arrastava multidões à Leira. Sempre que havia golo, o grito da assistência entusiasmada pelo mesmo, ecoava por toda a freguesia e chegava mesmo ao alto do Viso.

O campo, sendo já quase um luxo por esses tempos, obviamente que não tinha mais nada para além de um terreno mais ou menos plano e duas balizas que até chegaram a ser de madeira e ainda uma cerca também em barrotes de madeira. Por isso, os atletas equipavam-se e tomavam banho de forma muito improvisada numa ou noutra casa no lugar da Leira (como na casa do Coelho na Leira) ou  na Gândara (no que é hoje a Casa Neves). A água, quando a havia, era do poço e fria, fosse de Verão ou Inverno pelo que os duches eram debaixo da bica bombeada na hora. - Olha, foi golo do Guisande! - comentava-se.

O campo era de dimensões reduzidas e com pouco espaço para o público, sobretudo na central nascente, entre o campo e a estrada. Entre a baliza norte e os prédios vizinhos  havia pouco espaço pelo que sempre que a bola para lá era rematada "à Romariz" - chutão para o ar, sem qualquer nexo - , era um cabo dos trabalhos para a resgatar. Podia ser alguma má vontade do vizinho, mas temos que reconhecer que também era uma chatice constante e além do mais causava estragos na horta ou no jardim. É claro que tratou-se de remediar a coisa com uma rede alta colocada no topo norte mas mesmo assim por vezes lá surgia um remate desenquadrado não só com a baliza como com a rede e a bola lá seguia aterrando num pé de alface derrubando uma couve galega.

Apesar da precariedade deste campo, certo é que ali se disputaram grandes jogos, emotivos e com assistência de fazer inveja a muitos dos actuais jogos de campeonatos nacionais.
Em todo esse tempo que durou o Campo da Leira, foi-se cimentando a identidade do Guisande F.C. e dos vários jogadores que por ali passaram, sobretudo os da terra, alguns continuaram a aventura de jogadores do clube e mais tarde dirigentes. Foi, pois, uma etapa cheia de significado.

Campo da Barrosa

O campo de jogos na Leira durou alguns anos, quase até ao final da década de 70, mas mais tarde, já com o Guisande F.C. constituído como associação e devidamente federado na Associação de Futebol de Aveiro, aconteceu a mudança de casa e da Leira mudou-se para o lugar da Barrosa, num terreno também exíguo, localizado a nascente da casa do Sr. Raimundo Almeida e onde hoje se encontra implantado um pavilhão onde labora uma actividade de embalagens de cartão.

Uma vez mais era uma casa a título provisório. Segundo o testemunho de um dos presidentes da Direcção do clube desse tempo, a utilização do espaço estava sujeita ao pagamento de uma renda mensal, embora não tivesse memória para o valor que então era pago à proprietária, a S.ra Conceição, tia do Prof. Rodrigo Correia. Segundo o Sr. Valdemar Pinheiro, há a ideia de que o valor da renda mensal seria de 150 escudos.


Acima, vista do local onde existiu o Campo da Barrosa, à face sul da  actual Rua 25 de Abril. 
Ainda existente, um anexo que engloba parte ou mesmo a totalidade do que era então o balneário. Na platibanda da fachada existia um elemento decorativo com o emblema e a designação do clube.



Acima, vista parcial do campo da Barrosa, de sul para norte. Foto de meados dos anos 1980, praticamente nas vésperas de mudança para o então novo campo no Reguengo.


O Guisande F.C. oficialmente foi fundado em 31 de Outubro de 1979, data a que corresponde a outorga da escritura pública no 2º Cartório da Secretaria Notarial da Feira, com entrada a folhas 67 do livro nº 541-B. É certo que as suas origens ou raízes são bem anteriores, mas legal e oficialmente, apenas em 1979.
Por sua vez, a constituição da associação que tomou o nome de Guizande Futebol Clube, foi publicada no Diário da República nº 296, III série, de 26 de Dezembro de 1979, conforme o testemunha o extracto abaixo reproduzido.

Nota à margem: Importa lembrar que mesmo sem actividade formal há já algumas épocas, o clube está a poucos meses de celebrar 40 anos de fundação e seria bom que algo se fizesse em favor da efeméride. Fica o repto. Quiçá um encontro convívio entre ex-dirigentes, atletas e sócios. Porque recordar também é viver.



Por conseguinte, a entrada do clube nas competições oficiais da Associação de Futebol de Aveiro acontece logo no mesmo ano da fundação, concretamente na época desportiva de 1979/1980, tendo participado no Campeonato Distrital da 3ª Divisão - Zona Norte - da Associação de Futebol de Aveiro, com 24 atletas seniores inscritos. No final da competição de 24 jornadas o clube obteve um honroso 5º lugar. Era Presidente da Direcção o Sr. Manuel Rodrigues de Paiva.

Os jogos foram, pois, já disputados no novo Campo da Barrosa. Segundo memória do Sr. Valdemar Pinheiro, o primeiro jogo oficial ali disputado aconteceu com o Mocidade Desportiva Eirolense, uma equipa da zona de Aveiro, em que o Guisande F.C. venceu por 3-1.
Sobre este clube do Eirolense, diga-se que foi fundado um pouco antes do Guisande, precisamente em 15 de Outubro de 1976.

O Campo da Barrosa tinha dimensões mínimas, com reduzido espaço para a assistência, sobretudo nas laterais, mas tinha uns balneários, muito básicos, mas suficientes para a exigências desses tempos. As balizas ali instaladas vieram do Campo da Leira e mais tarde foram para o campo do Reguengo.


Acima o local onde existiu o Campo da Barrosa durante quase toda a década de 1980. No local ainda existe, como um anexo, o que era parte do balneário do clube. Muito básico, mas melhor que nada. Por muitos outros campos de jogos da vizinhança as condições não eram muito superiores.


Uma das boas equipas do Guisande F.C. que jogou no mítico Campo da Barrosa. Entre vários atletas, alguns da casa, como Joaquim Alves (Teixeira) e António Ribeiro.

Campo de Jogos "Oliveira e Santos"

O Guisande F.C. jogou, pois, no Campo da Barrosa uma grande parte da década de 80, antes de se mudar para o Campo de Jogos "Oliveira e Santos", no lugar do Reguengo, o que aconteceu após a inauguração deste em 2 de Novembro de 1986.

O acontecimento da inauguração foi notícia em jornais nacionais, como "O Comércio do Porto" e o jornal "O Jogo", entre outros, e também mereceu reportagem do jornal "O Mês de Guisande", na sua edição de Novembro de 1986.
A cerimónia, foi uma festa rija, com a presença de  autoridades locais, dirigentes, sócios e população em geral e dela fez parte o jogo inaugural com a equipa do Macieira de Sarnes, em jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato Distrital da 2ª Divisão, em que venceu por 1-0.
Recorde-se que o clube havia subido da 3ª para a 2ª Divisão na época de 1982/1983, depois de ter obtido o 3º lugar na classificação geral.

Quando se dá a inauguração  e mudança para o novo campo de jogos, era treinador da equipa o carismático Carlos Pedro. Do plantel constavam jogadores como Fonseca, Baptista, Ernesto, Pedro Moreira, Armindo Gomes, Azevedo, Vítor, João, Vivas, J. Augusto, Maximino e Américo Vendas, entre outros..

O presidente da Direcção do clube, o Sr. Manuel Rodrigues de Paiva declarou nessa ocasião que as obras teriam custado ao clube a verba de 7 mil contos, uma grande parte desse dinheiro angariado em peditório à população de Guisande e junto dos associados, para além dos apoios da Junta de Freguesia e Câmara Municipal, entre outras entidades e pessoas.

É claro que o campo de jogos nessa época não tinha as condições tais como as conhecemos hoje. Foi um trabalho continuado pelos anos seguintes, com obras e melhoramentos, tanto nos balneários como nas vedações, bancada e cobertura da bancada central. Todas as obras pelos anos seguintes couberam às várias direcções do clube bem como de modo especial à capacidade do saudoso Elísio Mota que soube congregar esforços e apoios que permitiram dotar o local com boas condições, muito acima das de vários clubes com maior pujança.

Até mesmo a equipa actual designada como Veteranos Guisande F.C., pese as dificuldades, tem conseguido tratar da manutenção das instalações e, tão importante como isso, dar vida ao espaço, disputando ali um campeonato de futebol de veteranos, mesmo que fora do âmbito da Associação de Futebol de Aveiro. No caso, faz parte da Associação de Atletas Veteranos de Terras de Santa Maria, no qual tem participado com mérito.




Acima, imagens de aspectos e localização do actual Campo de Jogos "Oliveira e Santos"

Os beneméritos:

Importa para a história do Guisande F.C. realçar que a construção deste campo de jogos no Reguengo só foi possível a partir da generosidade dos beneméritos Américo Pinto dos Santos e sua esposa Maria Angelina Oliveira Gomes (já falecidos), que doaram ao clube os terrenos chamados do "Albitre", necessários ao empreendimento e respectivos acessos envolventes. Daí a designação, Campo "Oliveira e Santos", numa junção de apelidos do casal de beneméritos.

Inicialmente o espaço até foi designado pomposamente de "Estádio Oliveira e Santos", mas  soava a ambição a mais, já que na realidade era nessa altura apenas um simples campo de futebol, ainda sem vedações, sem bancada e com um pequeno balneário. Nas condições actuais justificaria melhor o epíteto de estádio, mas isso é o menos importante. Estádio, Campo ou Parque de Jogos, vai dar ao mesmo e mais importante do que isso é o peso da história carregada e o que o clube representou e ainda representa. É certo que atravessa um período sem actividade, sem corpos gerentes e sem competições oficiais, para além da boa excepção referente à actividade da equipa de veteranos, mas pelo menos importa que a memória não morra e que se mantenha a esperança de que mais cedo ou mais tarde o clube possa ser reactivado, mesmo que num contexto de actividade diferente.

Infelizmente no contexto de poder local actual, a esperança não tem muito a que se agarrar, pois deixou de haver o "amor à terra e à camisola" e por agora as freguesias são geridas como um negócio, sem afectos e com pouco respeito pela memória, tradições e identidade de um passado colectivo. Podem dizer o contrário mas a realidade desmente-os.


Lápide em mármore colocada na frontaria da entrada do campo de jogos, em reconhecimento dos beneméritos.

Muito mais haverá a dizer, sobretudo em relação a este Campo de Jogos  "Oliveira e Santos", nomeadamente quanto às questões relacionadas com a angariação dos dinheiros, promoção e realização das obras. Ficará para próximos apontamentos.

Pelo meio, há interessantes histórias à volta de outros locais que estiveram na berlinda para serem  o campo de jogos do Guisande F.C., nomeadamente em Cimo de Vila na zona do Monte de Mó, junto ao limite com Louredo, em terrenos do Sr. Manuel Pereira e ainda em Linhares, em terrenos do Sr. Abel Correia Pinto, onde actualmente se implanta a fábrica da Utilbébé. Inicialmente este terreno foi prometido e disponibilizado pelo próprio Sr. Abel, e fizeram-se trabalhos de abate de árvores, limpeza e  desvio da mina de água ali existente, mas depois e à posteriori, alguns familiares do doador vieram exigir contrapartidas, nomeadamente na abertura de uma estrada a atravessar terrenos da família e face à esta situação inesperada e inicialmente não apresentada como condição, a hipótese do campo de futebol nesse local ficou sem efeito. Porventura interessou a alguns familiares o vender em vez de doar, como veio a acontecer. É compreensível mas pena que nem sempre à palavra dada se dê o valor.

Em resumo, por promessas que não passaram disso mesmo, ou porventura a oferta de chouriços na expectativa de se receber presuntos, a angariação de um terreno e construção do equipamento, deu umas voltas e com episódios algo caricatos e que hoje até nos fazem sorrir, mas que não se vieram a concretizar pelo que o destino acabou por conduzir à oferta efectiva do terreno por Américo Pinto dos Santos e esposa e assim, finalmente, se concretizou o Campo do Reguengo.

Voltaremos a este assunto com actualizações sempre que se justificarem.

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27 de maio de 2019

Família Gonçalves - Convívio



A Família Gonçalves, com raízes na freguesia de Guisande, realizou neste Sábado, 25 de Maio, no Monte do Viso, o seu 19º Convívio Anual. Como será normal, é sempre difícil reunir a totalidade dos membros, que são muitos, mas mesmo assim foram quase oitenta pessoas de diferentes gerações e várias idades e provenientes de vários locais, não só de Guisande como de Sanfins, Coimbra, Aveiro, Espinho, Lourosa, Famalicão, Porto, etc.

O programa constou de uma missa pela intenção dos membros falecidos, celebrada na capela, pelo Pe. Farinha, pelas 11:00 horas e depois o habitual almoço, lanche e jantar à sombra do velho sobreiro. Houve tempo para um pé de dança e até para os aficionados assistirem ao jogo da final da Taça de Portugal em futebol em que se defrontavam Sporting - F.C. do Porto.

Parabéns à organização e que já se comece a planear o 20º Convívio lá para Maio ou Junho do próximo ano.