2 de novembro de 2018
Biblioteca Abade de Pigeiros
24 de outubro de 2018
Biblioteca Abade de Pigeiros
Nota à margem: Sobre o assunto do projecto e seu propósito, escreveu o Sr. Pinto da Silva, das Caldas de S. Jorge, em Maio de 2016 um artigo em que põe o dedo na ferida de alguns aspectos do processo inerente à criação da biblioteca e a sua mudança para o actual espaço. No fundo, feridas que ainda parecem doer e que fazem gemer alguns dos intervenientes e daí a polémica. Resta saber se após a cerimónia da inauguração essas feridas vão sarar e cicatrizar).
16h00 – Missa Paroquial em memória do Padre Domingos Moreira;
17h10 – Romagem ao cemitério e aposição de flores no jazigo do Padre Domingos Moreira;
17h20 – Momento musical com o Ensemble da Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira;
17h50 – Sessão inaugural;
18h15 – Visita guiada à biblioteca.
Testamento do Pe. Domingos Azevedo Moreira (transcrito do blog das Caldas de S. Jorge, )
27 de setembro de 2018
The Best - Ora bolas
19 de setembro de 2018
José Coelho, que também é Gomes de Almeida
Quem não conhece o Zé Coelho? Pois bem, está hoje de parabéns. 92 anos feitos, porque quis o destino que nascesse no dia 19 de Setembro de 1926. Será já dos homens mais velhos da freguesia de Guisande.
Nasci no ano de 1926
No dia 19 de Setembro.
Aqui conto minhas histórias,
De todas elas eu me lembro.
Minha terra é Guisande,
De Santa Maria da Feira,
Meu amor por ela é grande,
Será assim a vida inteira.
Com sete anos de idade
Comecei a ir para a escola,
E desde aí fui crescendo
Ganhando juízo na tola.
É para as queridas crianças
Que vou contar a minha história,
Recordar meus velhos tempos
Que tenho gravados na memória.
Eram tempos bem difíceis
Diferentes do que tendes agora,
Para a escola ia-mos a pé
E a pé vínhamos embora.
Não havia autocarros
Nem estradas alcatroadas,
Caminhávamos só por quelhas
Velhas, sujas e apertadas.
Só existiam três carros
Aqui, na minha freguesia,
Hoje há casas com dois e três,
O que não falta é burguesia.
Findado o tempo de escola
Logo comecei a trabalhar,
Mas procurando novos rumos
A África fui parar.
Foi em Outubro de 1954
Que para Angola emigrei,
Das dificuldades desse tempo
Vou contar-vos o que passei.
Foi Angola a escolhida,
Por ter língua igual,
Assim aprendi na escola,
Angola também era Portugal.
Passei por grandes dificuldades,
Algumas delas vou contar,
Pois não arranjava trabalho
E o dinheiro estava a acabar.
Só ao fim de alguns meses
Consegui o primeiro emprego,
Ali trabalhei vários anos
Com vontade, força e apego.
Era uma fábrica de cerveja,
E Cuca se chamava,
Bebida loura e fresquinha,
A muitos a sede matava.
Assim fui vencendo na vida
E muita coisa melhorou,
Mas foram tempos difíceis,
Comi o pão que o “diabo amassou”.
Durante o dia trabalhava
Só à noite fazia a comida,
Que guardava para o outro dia.
Assim era a minha vida.
Até a pobre roupa
Era eu quem lavava,
Como o clima era quente
Pela noite ela secava.
Assim trabalhei oito anos
Com amor e dedicação,
Mas ao fim desse tempo
Sofri nova desilusão.
Comecei de novo a sofrer
E a perder já a ilusão,
Pois em Angola rebentara
A chamada revolução.
Dez anos tinham passado,
A Portugal tive de voltar.
Angola estava em guerra
E era perigoso lá continuar.
Em Portugal passei dois anos
Sempre na vida a lutar,
Mas com saudades de África
Desejava regressar.
Foi para a África de Sul
Que desta vez emigrei,
E assim com outra história,
Vou contar-vos o que passei.
Facilmente arranjei trabalho,
Era coisa que lá não faltava,
Mas tinha outro problema
Era o inglês que não falava.
Todo o dia trabalhava
Mas à noite ia para a escola
Aprender a língua inglesa
E encaixá-la bem na tola.
Até para ir ao mercado
Comprar o que precisava,
Como não sabia falar inglês
Nem o dinheiro contava.
Assim fui aprendendo
Mas tudo um pouco custou,
É para vós saberdes, meninos,
O que o emigrante passou.
Trabalhando e estudando
Muita coisa aprendi,
Hoje, com meus oitenta anos,
Estou feliz por chegar aqui.
Meus dois filhos estão na África
E eu por cá, vivo sozinho.
É triste a solidão,
Mas Portugal é que é meu ninho.
Hoje tenho meus pensamentos
Em África e em Portugal,
Mas Portugal é minha terra,
9 de setembro de 2018
Barbearia Central ao Domingo
12 de agosto de 2018
Barbearia Central - Contra os canhões, escanhoar
11 de maio de 2018
Pe. Francisco - 20 anos de saudade
21 de março de 2018
Coisas da bola
7 de novembro de 2017
Livro de apontamentos sobre o Padre Francisco Gomes de Oliveira
A ver vamos se será possível essa concretização com a brevidade possível.
31 de agosto de 2017
Historiando - A lápide da sepultura do Padre Manuel Carvalho
Apesar de o assunto já ter sido pegado por alguém num passado recente, nomeadamente pelo Sr. Mário Baptista, honra lhe seja feita, certo é que nunca se chegou ao apuramento da verdade quanto ao destino ou paradeiro da lápide. Foi, obviamente uma irresponsabilidade de várias pessoas, mesmo que por negligência involuntária, mas seguramente uma enorme falta de sensibilidade pelas coisas da nossa história e memória colectiva mesmo que na forma de uma pedra. Infelizmente para muitos as pedras são isso mesmo, pedras ou calhaus, mesmo que nos contem histórias, recordem factos, nos lembrem ou evoquem pessoas.
Américo Almeida
26 de agosto de 2017
Professor Joaquim Ferreira Pinto e outras histórias
Esta escola integrava os rapazes da freguesia, no entanto não extensível à sua totalidade uma vez que então a frequência não era obrigatória e iriam apenas os filhos de gente mais abastada ou pelo menos mais receptiva a dispensar a mão-de-obra tão importante quanto necessária na lide da casa e dos campos.
Tenho indicação que já por essa altura a frequentaram o meu falecido pai (António Gomes de Almeida), nascido em 1917 e o meu tio Neca (Manuel Joaquim Gomes de Almeida), ainda vivo, com quase 94 anos de idade, que ainda relata as memórias desse tempo e de modo particular o seu tempo de escola. Segundo esses mesmos relatos na primeira pessoa, a escola era composta por uma única e ampla sala na qual o professor Joaquim leccionava em simultâneo as quatro classes. O número de rapazes terá chegado aos 80, por isso uma média de 20 por classe. O horário seria das 08:00 horas às 14:30 horas, sem intervalo para almoço e não raras vezes, por castigo, era suprimida a hora de recreio. Para além deste horário exigente, os alunos que estavam em vias de realizar o exame da quarta classe tinham ainda umas horas adicionais no resto da tarde.
Ainda segundo as memórias do meu tio Neca, o professor Joaquim, era extremamente exigente e mesmo muito severo nos castigos e na disciplina que fazia cumprir a reguadas, canadas e até a "biqueiradas e palmadas". Seria o "terror" dos alunos. Não espanta, pois, que muitos dos rapazes simulassem dores de barriga, vómitos (forçados com dedos enfiados pela goela abaixo) e dores de cabeça, para de algum modo, com o seu ar de doentes e abatidos sensibilizarem os pais (sobretudo as mães) e poderem escapar a umas aulas. A severidade dos regentes/professores desses tempos era quase uma regra. Para o bem e para o mal, as coisas inverteram-se e em poucos anos passamos do 8 ao 80 e por agora a tônica é o desrespeito e mesmo abusos dos alunos para com os professores.
Outra nota curiosa, este posto escolar no lugar do Viso terá sido posteriormente deslocado (cerca de 150 metros para sul) para o lugar das Quintães, passando a funcionar no edifício actualmente pertencente ao Sr. Rogério Neves, próximo da Casa do Santiago e na altura de propriedade do sogro do Sr. Rogério, precisamente o referido presidente da Junta de então, o Sr. José Gomes Leite.
Um ano depois, em 1937, a mesma Junta de Freguesia, por acta datada de 27 de Março de 1938, faz referência à intenção de abrir um segundo posto escolar para raparigas, a sediar no lugar da Leira e a abranger alunos dos lugares não referidos na acta de 1936 (sendo que por curiosidade não são mencionados os lugares da Igreja e Viso, que viriam precisamente anos depois a ser a sede das duas escolas primárias). Convém referir que por essas alturas os acessos entre os diferentes lugares da freguesia eram poucos e fracos, essencialmente por caminhos, e por isso, sobretudo em tempos de chuva, ir de uma ponta da freguesia à outra era um autêntico cabo dos trabalhos. Não espantaria que para se ir de Estôze ao Reguengo ou vice-versa fosse coisa para demorar uma hora por mau caminho, com covas e lama. Por outro lado, as raparigas eram seguramente mais que as mães pelo que a justificação de dois postos assentaria numa necessidade geográfica mas também de lotação.
Estas situações de postos escolares em edifícios particulares e de carácter provisório e certamente que por isso não vocacionados ou preparados condignamente para o ensino, terão sido resolvidas com a construção da Escola Primária do Viso, com duas salas, uma para rapazes e outra para raparigas, como dissemos, no ano de 1949. A partir daí, com uma construção de raiz e com carácter público, terá ficado centralizado na Escola do Viso todo o ensino primário na nossa freguesia de Guisande. Apenas vinte anos depois, em 1969, a freguesia sentiu necessidade de edificar um novo edifício, com a construção da Escola Primária da Igreja. Estas duas escolas funcionaram em simultâneo durante pelo menos 40 anos. Infelizmente, com as políticas de centralização dos serviços do ensino primário a par da nítida baixa de natalidade, tornou-se inevitável o encerramento da actividade escolar primária na nossa freguesia (de que é excepção o Jardim de Infância de Fornos e mesmo assim com algumas crianças de fora da freguesia) e por conseguinte do encerramento dos respectivos edifícios escolares. Do mal o menos, ainda continuam de propriedade pública e por isso ou já integrados ou a integrar em actividades sócio-culturais da nossa freguesia.
2 de junho de 2017
Cónego Dr. António Ferreira Pinto
Formou-se em Teologia pela Universidade de Coimbra em 1892 e em 1897 foi nomeado professor do Seminário. Foi pároco da paróquia da Vitória - Porto, desde 1898 e 1899 (durante 18 meses). Em 1906 foi nomeado vice-reitor do Seminário Maior da Diocese do Porto e em em 1929 como reitor, cargo que desempenhou até à sua morte, em Abril de 1949. Foi cónego da Sé, vice-oficial da Cúria e arcediago. Foi ainda juiz do Tribunal Eclesiástico.
23 de dezembro de 2016
As melhoras para o Sr. António
Soubemos que o Sr. António Henriques, do lugar do Viso, teve um acidente há dias, resultante de uma queda, pelo que está naturalmente com algumas marcas. Não queremos, pois, deixar de lhe desejar as rápidas melhoras. Certamente que em breve estará recuperado pois é homem de raça e de fibra.
6 de outubro de 2016
António Guterres na ONU
Ainda bem que parece que finalmente a maratona da eleição para secretário-geral da ONU vai ter como vencedor o melhor atleta que a ela se apresentou. Quem de forma no mínimo deselegante entrou já na parte final da corrida, afinal acabou por ter dor de burro e ficou-se para trás. Pelo peso dos apoiantes, chegou-se a temer o pior mas se invertida a naturalidade das coisas e da maratona, seria um golpe demasiado duro para a credibilidade da ONU e seus membros. Parece que o bom senso e a razão prevaleceram. Ainda bem.
Devemos estar orgulhos por António Guterres, por Portugal e, claro, pela ONU.
11 de setembro de 2016
Por cá vamos indo
A todos quantos seguem com regularidade este nosso espaço, sobretudo para a comunidade emigrante, pedimos desculpas por nem sempre o actualizarmos com a devida regularidade.
Entretanto, depois de terminada mais uma Festa do Viso (não tendo até ao momento sido divulgadas as contas e o elenco da nova Comissão de Festas), tudo vai seguindo dentro da habitual normalidade.
De realçar nos últimos tempos o falecimento de duas grandes mulheres da nossa comunidade: A Sr.ª Bernardina (82 anos), esposa do Sr. Albertino, do lugar de Casaldaça, no dia 8 de Julho e a Sr-ª D. Laurinda (83 anos), do lugar das Quintães (Rua das Barreiradas), no dia 5 de Setembro. Com diferentes percursos na suas vidas mas ambas mulheres dedicadas às suas causas, fosse à família e ao trabalho do campo, como foi a Sr.a Dina, fosse à causa da comunidade e das missões como foi a D. Laurinda. Ambas mulheres de fé e de muita dignidade e que apesar do sofrimento na fase final das suas vidas foram sempre capazes de o disfarçar com um sorriso. Foram ambas exemplos de mulheres verdadeiras. Guisande ficou mais pobre mas certamente que as terá na memória colectiva.
6 de outubro de 2014
Datas e esquecimentos
Temos tendência para esquecer datas e acontecimentos, sobretudo os de âmbito colectivo ou comunitário.
Por isso algumas datas redondas relacionadas a figuras ou acontecimentos de relevância para a nossa freguesia acabam por não ser lembradas, celebradas ou evocadas de forma especial. Por exemplo, em Maio deste ano passaram 15 anos sobre o falecimento do P.e Francisco. Ainda fui a tempo de fazer essa evocação aqui no site, mas a data passou ao lado da paróquia, eventualmente apenas com o registo de uma missa sem qualquer destaque.
Ainda este ano, passou novamente ao lado o facto de passarem 25 anos sobre a data da Celebração das Bodas de Ouro do mesmo P.e Francisco de Oliveira (15 de Agosto de 1989).É certo que o P.e Francisco já não está entre nós, mas seria de justiça que estas datas especiais fossem devidamente lembradas e celebradas a seu tempo.
Um pouco neste sentido, embora por iniciativa da esposa, o Sr. Alberto Gomes de Almeida terá uma missa do 2º aniversário na próxima Quinta-Feira, pelas 19:00 horas. É de toda a justiça que a comunidade se associe como forma de agradecimento a quem a ela se dedicou durante vários anos da sua vida.
Ainda sobre a questão do esquecimento, seria expectável, por exemplo, que na paróquia houvesse um registo de todos os Juizes da Cruz e de todas as Comissões de Festas (Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, Senhora da Conceição, Senhora do Rosário, Festa do Senhor), mas não, não há. E bastaria, contudo, que, ano após ano, se arquivassem todos os avisos das mesmas. Pode parecer que não, mas estas simples coisas são parte da História da nossa paróquia e freguesia e seria importante que (passe a redundância) se lhes desse importância.
No que se refere aos Juízes da Cruz e ás Comissões da Festa do Viso, embora ainda com algumas lacunas, tentei elaborar as respectivas listas, mas seria bom que por parte da própria Paróquia esse registo fosse guardado diligentemente a cada ano.
4 de outubro de 2014
Pe. José Gomes de Almeida - Abade Loureiro
Descrição a partir de informações tomadas de Daniel Sousa em Geneall.net
Pe. António Alves de Pinho Santiago
Em 15 de Agosto de 2011 festejou as Bodas de Ouro Sacerdotais, cuja celebração decorreu na igreja matriz de Guisande.
Manteve-se na paróquia de Palmaz durante 55 anos e na de Travanca durante 26 anos. A despedida aconteceu no final de Setembro de 2018. Para assumir as suas funções pastorais, o Bispo nomeou em 25 de Julho de 2018 o Pe. André Bruno Teixeira de Olim, como administrador paroquial de Palmaz e Travanca. Este jovem padre, nascido em 11 de Setembro de 1985, foi ordenado em 12 de Julho de 2015 e anteriormente esteve colocado na Madeira como Vigário Paroquial das paróquias do Caniço e Santo da Serra, no Arciprestado de Machico e Santa Cruz.
Concluída para além das suas forças a sua longa missão de pastor, com o peso das vicissitudes da velhice, regressou à sua terra natal, à casa paterna no lugar das Quintães, onde passou a viver na companhia de alguns dos seus irmãos.
Que Deus o conserve entre nós por mais anos.
Abaixo várias outras fotografias de momentos diversos e importantes, como a cerimónia da ordenação na Sé do Porto, missa nova em Guisande e respectiva boda, grupo de irmãos em diferentes datas e ainda alguns momentos na sua paróquia de Palmaz.
Na foto acima, em 2016, com o então presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Dr. Hermínio Loureiro, na assinatura de um contrato-programa que permitiria um apoio de 30 mil euros para as obras de requalificação da envolvente da igreja matriz de Palmaz, umas das últimas e várias obras dinamizadas pelo Pe. Santiago. [foto: fonte: cm oaz]
Na foto acima, a ser entrevistado para o jornal "Correio de Azeméis", durante a festa de convívio e homenagem na despedida das suas funções pastorais, em Palmaz, em Setembro de 2018.
Nota final: Um agradecimento ao Alberto Santiago, irmão do Pe. António, por nos facultar algumas das fotografias que ilustram este artigo. Bem haja!
2 de outubro de 2014
Padre José Pereira de Oliveira
Em 1955 é nomeado Superior dos Padres do Espírito Santo em Cabo Verde, onde permaneceu entre 1950 e 1966, essencialmente com trabalho nas ilhas de Santiago e Maio.